maio 2018

Styvenson revela receio de decepcionar família ao ingressar para a política

Ciro Marques

Ser ou não ser político. Eis a questão. Essa é a dúvida que surgiu na vida do capitão da Polícia Militar, Styvenson Valentim (sem partido), nos últimos tempos. Mais precisamente, desde que ele ocupou a escola estadual Maria Ilka, no Bom Pastor, e mudou a vida dos estudantes, dos pais e dos professores da instituição. E tendo até as convenções partidárias para decidir se vai se lançar ou não candidato, Styvenson pondera que a cobrança pública e a resistência familiar tem sido os principais pesos na balança da decisão.

“Na verdade não é que quero ou não quero ser candidato. Em 2016 eu era convicto de não entrar mas agora muitas situações mudaram como na PM e pressão social então estou avaliando a situação. Não é fácil dizer não tantas pessoas que acreditam e confiam em mim e no trabalho que fiz até agora no meu setor público”, afirmou o capitão da PM, em contato exclusivo com o Agora RN. “Penso no meu casamento, penso na minha mãe, penso em todos que acreditam em mim por isso não é fácil ficar entre o pedido público e minha vida privada minha vida pessoal”, revelou.

Styvenson negou que fizesse o que faz hoje, a ocupação na escola, para ganhar voto ou popularidade. “Se assim fosse, estaria fazendo charme por que? Ou não será a verdade eu estar avaliando se meu sacrifício de deixar a Polícia Militar tudo que fiz, minha reputação construída até aqui com trabalho e seriedade, minha família e minha pouca paz que ainda tenho, para assumir um grande compromisso público pelo vontade popular de fazer um trabalho tão eficiente o quanto fiz até aqui? Precisa ser pensado, pesado e bem decidido porque não se trata de status, nem poder, nem tampouco dinheiro e sim de esperança e confiança de muitas pessoas”, afirmou.

Para “ilustrar” o que diz, o capitão da PM fala da última polêmica que se envolveu, ao não utilizar o cinto de segurança dentro de uma viatura da polícia. “Dizem que estava dirigindo sem estar. Tentam de todas as formas me denegri. O que eu fiz de mal para essas pessoas? Que raiva ou ódio é esse por mim? Só faço meu trabalho e ainda ajudo pessoas. Quando estava na lei seca fazendo blitz parando condutores com potencial de cometer acidente eu era criticado”, relembrou.

Apesar de toda essa indecisão e das críticas que diz sofrer, não há o que se negar que Styvenson tem sido um sucesso nas redes sociais. A página dele no Facebook tem mais de 92 mil curtidas, mais que os pré-candidatos ao Governo Fabio Dantas (PSB), Carlos Eduardo Alves (PDT) e Carlos Alberto (PSOL), além do proprio governador Robinson Faria (PSD). O vídeo do pronunciamento dele na Câmara Municipal de Natal sobre a ocupação da escola Maria Ilka tem mais de 15 mil compartilhamentos e foi visto por mais de 400 mil perfis na rede social.

E como se trata de um militar da ativa, Styvenson Valentim tem até as convenções para definir se será ou não candidato. E nem precisará ser filiado a algum partido para isso, basta ter sua candidatura homologada por alguma sigla (só precisa se filiar após a eleição). Até lá, ao que parece, a dúvida vai continuar na cabeça do PM.

Cármen Lúcia diz que Brasil tem ‘boas leis’, mas ‘dificuldade’ de cumpri-las

A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, em imagem de janeiro (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, disse nesta segunda-feira (21) que o Brasil tem boas leis, como as de combate à corrupção e à violência contra a mulher, mas “dificuldade” para cumpri-las.

Ela deu a declaração ao ministrar palestra com o tema “Constitucionalização do Direito Civil” a alunos do Centro Universitário de Brasília (UniCeub).

“Nós somos craques em fazer lei. Se a gente pegar a Lei da Ficha Limpa, por exemplo, ela é copiada em muito lugar. A lei chamada Maria da Penha é copiada em muitos lugares. Nós temos uma das melhores leis, por exemplo, para os casos de refugiados, copiada em muitos lugares. Nossas constituições são muito bem feitas”, citou Carmen Lúcia. Para a ministra, a dificuldade é “cumprir as leis que nós temos”.

“Nós não temos problema de falta de leis, e boas leis, o nosso problema é cumprir leis”, afirmou.

Ainda segundo Cármen Lúcia, se a Constituição fosse totalmente cumprida, o Brasil consolidaria uma democracia que seria copiada “por muitos povos”.

“Tenho certeza que a tarefa é difícil […], mas Paulo Mendes Campos dizia: ‘Se multiplicou a minha dor, também multiplicou a minha esperança’.”

“Não falta Constituição, não falta direito. Falta fazer com que a Constituição vire a vida de todos os brasileiros”, declarou.

Cármen Lúcia disse, no entanto, que a Constituição não é perfeita e lembrou que a Carta já foi modificada uma centena de vezes.

“[A Constituição] não deu a educação suficiente, não garante a saúde suficiente, não garante a eficiência dos serviços, a prestação da justiça demora muito”, disse.

“Porém, o cidadão tem pressa dos seus direitos […]. Por isso, eu acho que, a despeito de tantas dificuldades, nós temos um campo enorme para ter grandes esperanças”, completou.

Entre os avanços que, na avaliação da ministra, aconteceram no Brasil, está a superação da frase “Em briga de marido e mulher não se mete a colher”.

“Eu posso estar no meu quarto e, em briga de marido e mulher, o Estado mete a colher sim. E isso é uma grande mudança. O espaço entre quatro paredes não é necessariamente particular, inexpugnável”, disse.

“Isso se faz porque a mulher ou o homem teria sido desrespeitado na sua dignidade, nos seus direitos, e, portanto, mudou o patamar do cuidado jurídico”, emendou.

G1/POLÍTICA

Erivan de Seu Elino poderá mais uma vez ser pré-candidato a Deputado Estadual

De acordo com informações do Blog do Potengi, o Prefeito em exercício do município de São Paulo do Potengi, Erivan Alves Farias conhecido popularmente como Erivan de Seu Elino, externou em conversas o interesse que seu Partido o PSC, tem em colocá-lo novamente na disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa no pleito deste ano.

Do Blog

Erivan nas eleições de 2014 obteve 2.400 votos, sendo mais votado em São Paulo do Potengi com 1.380 votos. A nossa região tem 4 pré-candidatos a Deputado Estadual e 2 Federal.

Sendo eles: O Vereador João Cabral (PT), Miguel Salusto (PT), Jojó (São Tomé) e Erivan (PSC), ambos pré-candidatos a Estadual.

Andson Farias (PRP) e Dona Cacilda (SD) ambos Federal.

Atuais regras de campanha eleitoral dificultam renovação de candidatos

Acostumados às regalias da vida pública, deputados e senadores pretendem continuar na política e dificultar a entrada de novos nomes no Congresso Nacional. Cerca de 80% dos parlamentares eleitos pretendem continuar na carreira — 67 pessoas no Senado e 434 na Câmara. Alguns, ainda que fora do Parlamento, buscam novos cargos, como o de presidente da República e governador. Seis meses após a aprovação da reforma política, cuja bandeira era justamente a renovação, poucos movimentos devem ser concluídos no pleito de 2018. As vagas que sobrarem, serão preenchidas por quem já tem capital político e, até, pelos herdeiros de votos.

Compilando os resultados de três pesquisas, o Correio fez um levantamento sobre o futuro dos parlamentares na política (veja quadro abaixo). Muitos, ainda que investigados na Lava-Jato, pretendem se manter em cargos eletivos. “Faço palestras sobre isso o tempo todo. O empenho dos políticos profissionais em continuar nessa trajetória não favorece quem ainda quer chegar a esse mundo. Aliado a isso, teremos uma eleição mais curta, menos dinheiro, menos tempo na tevê e a falta de interesse da população”, conta o advogado Daniel Falcão, especialista em direito eleitoral e professor do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).

O professor acredita que, pelas mudanças na reforma política, até a divisão do fundo de campanha beneficia os mais antigos. “Foi tudo feito de maneira a beneficiar quem já está no poder. Existe má-vontade até dos partidos em colocar novas pessoas, visto que tem gente com capital político e votos herdados disponível no mercado”, complementa Falcão. A PEC que alterou o sistema eleitoral traz 40 dias a menos de campanha, menos tempo na tevê e mudanças na cláusula de barreira. Assim, quem não atingir números de votos ou de pessoas eleitas não terá direito à propaganda em 2022. “Você acaba matando os mais novos”. Doações por empresas estão proibidas desde as eleições municipais de 2016, o que deixa os candidatos mais dependentes das estruturas partidárias, a não ser os que podem financiar a própria campanha.

Instituída em 1998, durante o mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) como presidente da República, a reeleição teve seu auge em 2006. Como resultado daquele pleito, 79% dos governadores continuaram em seus cargos durante mais quatro anos. Eram outros tempos: a economia ajudava e a eleição ainda contava com dinheiro privado para bancar as produções exageradas que ocorriam à época.

O cientista político Ivan Ervolino, criador da startup de monitoramento legislativo Siga Lei, acredita que a renovação será difícil de acontecer. “Falta oxigenação, infelizmente. Quem está com o poder entranhado não consegue mais deixar para lá. Quem tem poder para mudar isso é a sociedade, mas o jeito é buscar novas ideias em plataformas a que nem todo mundo tem acesso, como a internet.”

Segundo especialistas, o uso da rede, longe de garantir a democratização do acesso à campanha, será usado com maior facilidae por quem já detém mandato, com um trabalho iniciado em redes sociais. Esses candidatos terão também maior facilidade para incrementar o uso dos meios eletrônicos, já que terão acesso a mais recursos dos partidos.

Caciques com poder suficiente para indicar aliados e parentes não deixam as vagas abertas para novatos ou outsiders. Na eleição de 2014, 290 dos 513 deputados já integravam a legislatura anterior e se reelegeram. Dos outros 223, apenas 24 —4,7% da Casa — de fato nunca havia trabalhado ali. O resto entra na cota dos herdeiros de votos, dos que já tiveram mandatos anteriores como deputado ou atuaram em outra esfera do Legislativo ou do Executivo.

“Gente com quatro, cinco mandatos seguidos e com extensa vida política não entra nessa conta da renovação. São políticos profissionais que ficarão ali enquanto não houver uma iniciativa popular através do voto. Precisamos de gente interessada disposta a votar em quem trouxer novas ideias”, finaliza Ervolino.

“Foi tudo feito de maneira a beneficiar quem já está no poder. Existe uma má vontade até dos partidos em colocar novas pessoas, visto que tem gente com capital político e votos herdados disponível no mercado”

Daniel Falcão, advogado, especialista em direito eleitoral.

SEM VAGAS

A Reforma Política foi aprovada para dificultar renovações no Congresso. Estudos mostram que os “políticos profissionais” não querem abrir mão do mandato. Com poucas cadeiras disponíveis, os partidos sequer abrem espaço para lançar novos nomes.

Senado Federal

Total: 81

Não vão concorrer: 14

Em dúvida: 4

Candidatos a:

Presidente da República: 2

Governador (a): 22

Vice-governador (a): 2

Senador: 37

Investigados na Lava-Jato: 23

Câmara dos Deputados

Total: 513

Não vão concorrer: 79

Em dúvida: 69

Candidatos a

Presidente da República: 1

Governador: 6

Vice-governador: 3

Deputado federal: 355

Investigados na Lava-Jato: 55

CORREIO BRAZILIENSE

Partido Avante mobiliza pré-candidatos pelo interior

O pré-candidato a deputado estadual Edílio Lobo e a pré-candidata a deputada federal Karla Veruska cumpriram agendas neste final de semana em Natal, Senador Eloy de Souza e Boa Saúde participando de festar em alusão ao Dia das Mães.

Edílio Lobo, que já vendeu alimentos nas praias para sobreviver e que até hoje empreende no setor de seguros, destacou a importância de se ter uma renovação da política.

“Nós temos os mesmos problemas há vários anos, temos os mesmos políticos há varios anos e esses problemas não foram resolvidos. Eu sei como é estar passando por dificuldades e ter que se virar para por comida em casa. Por isso precisamos de políticos que tenham mais atenção com a gente. A campanha vai vir e precisamos pensar bem em quem vamos votar”, disse.

O pré-candidato a deputado estadual foi convidado pelo partido para disputar a campanha desse ano e tem realizado visitas a amigos, familiares e colegas de partido com o objetivo de viabilizar a candidatura.

Franklin Capistrano confirma intenção de disputar mandato de deputado estadual

O vereador de Natal Franklin Capistrano (PSB) confirmou ao Diretório Estadual do partido, nesta segunda-feira (21), sua intenção de disputar mandato de deputado estadual. A confirmação foi feita ao presidente da legenda, deputado federal Rafael Motta, e ao vice-governador Fábio Dantas, pré-candidato da sigla ao Governo do Estado.

Franklin Capistrano está no seu sétimo mandato como vereador de Natal, tendo exercido, recentemente, a Presidência da Câmara Municipal. Ele é psiquiatra, escritor e tem atuação junto à Igreja Católica. “Trata-se de um grande parlamentar, com história no partido, feitos na vida pública e condições de representar os potiguares na Assembleia Legislativa”, declarou Rafael Motta.

O pré-candidato a deputado estadual afirmou que tem sido motivado pelos seus eleitores e segmentos que representa no legislativo municipal. “São palavras de reconhecimento do nosso trabalho e de incentivo, que fazem a gente querer ampliar a representação que exercemos hoje, fortalecendo Natal na Assembleia Legislativa”, afirmou Franklin Capistrano sobre a confirmação ao PSB estadual.

“Não queremos ser conhecidos como o país da propina”, diz Moro nos EUA

Foto: Sáshenka Gutiérrez / EFE

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava-Jato em Curitiba, afirmou em discurso na Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, que o Brasil tem avançado no combate à corrupção.

O magistrado, que foi o principal orador na formatura da universidade, citou o ex-presidente americano Theodore Roosevelt ao destacar que o Brasil não se envergonha de estar expondo sua corrupção, definida por ele como “endêmica ou até mesmo sistêmica”.

“Não queremos ser conhecidos como o país da propina, mas como uma democracia forte”, pregou o juiz, lembrando que a Lava-Jato já atingiu grandes empresários, ministros e até um ex-presidente, em referência a Luiz Inácio Lula da Lula.

Segundo ele, as investigações mudaram a mentalidade dos brasileiros: “há pouco tempo atrás a corrupção parecia invencível”, destacou. Moro fez menção a tentativas de interromper as investigações:

“Muitos criminosos e seus aliados não querem mudar o status quo de corrupção e impunidade. Eles são muitos e poderosos. Apesar disso, a investigação, os processos e julgamentos estão ocorrendo. Todos estão sob a proteção da lei. Mas isso também quer dizer que ninguém está acima dela, destacou.

Ao fim do discurso, o juiz aconselhou os estudantes a não se esquecerem da importância do respeito às leis.

Ao falar para os formandos, Moro citou as familiaridades entre as histórias de Brasil e Estados Unidos. Segundo ele, os dois países foram colônias, viveram o flagelo da escravidão e tiveram seus povos formados por imigrantes de diversas origens.

O Globo