Styvenson revela receio de decepcionar família ao ingressar para a política

Ciro Marques

Ser ou não ser político. Eis a questão. Essa é a dúvida que surgiu na vida do capitão da Polícia Militar, Styvenson Valentim (sem partido), nos últimos tempos. Mais precisamente, desde que ele ocupou a escola estadual Maria Ilka, no Bom Pastor, e mudou a vida dos estudantes, dos pais e dos professores da instituição. E tendo até as convenções partidárias para decidir se vai se lançar ou não candidato, Styvenson pondera que a cobrança pública e a resistência familiar tem sido os principais pesos na balança da decisão.

“Na verdade não é que quero ou não quero ser candidato. Em 2016 eu era convicto de não entrar mas agora muitas situações mudaram como na PM e pressão social então estou avaliando a situação. Não é fácil dizer não tantas pessoas que acreditam e confiam em mim e no trabalho que fiz até agora no meu setor público”, afirmou o capitão da PM, em contato exclusivo com o Agora RN. “Penso no meu casamento, penso na minha mãe, penso em todos que acreditam em mim por isso não é fácil ficar entre o pedido público e minha vida privada minha vida pessoal”, revelou.

Styvenson negou que fizesse o que faz hoje, a ocupação na escola, para ganhar voto ou popularidade. “Se assim fosse, estaria fazendo charme por que? Ou não será a verdade eu estar avaliando se meu sacrifício de deixar a Polícia Militar tudo que fiz, minha reputação construída até aqui com trabalho e seriedade, minha família e minha pouca paz que ainda tenho, para assumir um grande compromisso público pelo vontade popular de fazer um trabalho tão eficiente o quanto fiz até aqui? Precisa ser pensado, pesado e bem decidido porque não se trata de status, nem poder, nem tampouco dinheiro e sim de esperança e confiança de muitas pessoas”, afirmou.

Para “ilustrar” o que diz, o capitão da PM fala da última polêmica que se envolveu, ao não utilizar o cinto de segurança dentro de uma viatura da polícia. “Dizem que estava dirigindo sem estar. Tentam de todas as formas me denegri. O que eu fiz de mal para essas pessoas? Que raiva ou ódio é esse por mim? Só faço meu trabalho e ainda ajudo pessoas. Quando estava na lei seca fazendo blitz parando condutores com potencial de cometer acidente eu era criticado”, relembrou.

Apesar de toda essa indecisão e das críticas que diz sofrer, não há o que se negar que Styvenson tem sido um sucesso nas redes sociais. A página dele no Facebook tem mais de 92 mil curtidas, mais que os pré-candidatos ao Governo Fabio Dantas (PSB), Carlos Eduardo Alves (PDT) e Carlos Alberto (PSOL), além do proprio governador Robinson Faria (PSD). O vídeo do pronunciamento dele na Câmara Municipal de Natal sobre a ocupação da escola Maria Ilka tem mais de 15 mil compartilhamentos e foi visto por mais de 400 mil perfis na rede social.

E como se trata de um militar da ativa, Styvenson Valentim tem até as convenções para definir se será ou não candidato. E nem precisará ser filiado a algum partido para isso, basta ter sua candidatura homologada por alguma sigla (só precisa se filiar após a eleição). Até lá, ao que parece, a dúvida vai continuar na cabeça do PM.

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