Saúde

Com corte na testa, criança de 5 anos precisa passar por três UPAs de Natal para conseguir atendimento

Reprodução TV Tropical

Uma criança de 5 anos, com um corte profundo na testa, passou por uma verdadeira peregrinação para conseguir atendimento médico em Natal. A criança e os familiares precisaram se deslocar por três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital potiguar para que ela pudesse ser atendida.

A jornada começou na manhã desta terça-feira (15). A menina saiu do conjunto Nordelândia, na zona Norte de Natal, após cair da cama e bater com a testa em um copo de alumínio. O primeiro destino foi a UPA de Potengi, na mesma região.

Na unidade, a mãe relatou que os profissionais de saúde disseram que não tinha material para realizar a sutura do corte. “Não tinha, porque aí não sutura. Disseram que a pediatria está fechada. Vai deixar a menina assim? Tem que ir. É um descaso muito grande com a saúde. Deveria ter pelo menos humanidade. Vamos lá para ver o que vão dizer”, declarou a mãe da menina.

Do Potengi, a família seguiu para o Pajuçara, também na zona Norte. Na segunda tentativa, mais uma negativa para a família. A ala pediátrica da unidade foi desativada no início desse mês e os profissionais informaram também que não seria possível fazer o atendimento.

A opção foi seguir para a UPA de Cidade da Esperança. No local, a criança finalmente foi atendida.  Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal disse que “não está faltando material de sutura”. “A SMS lamenta profundamente o ocorrido”, completou.

Portal da Tropical

Secretário de Saúde do RN pede reforço da vacinação ‘antes dos casos dispararem’

Reprodução

O secretário de Saúde do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia, orientou que os municípios do estado reforcem o trabalho de vacinação da população contra a Covid-19. Isso por causa de um aumento de casos em outros estados do país. Cipriano também comentou a orientação divulgada pela Secretaria a Saúde Pública (Sesap) na terça-feira (15) para que a população volte a usar máscaras em locais fechados.

“Ainda não temos nos indicadores um número de casos significativo. Mas os indícios são de que há um aumento da transmissibilidade e por isso a gente já está recomendando à população usar máscara em locais fechados, transportes coletivos, situações de aglomeração, porque sabemos que isso diminui a transmissão do vírus, seja para covid, seja para gripe”, afirmou.

De acordo com ele, todas as pessoas com sintomas da doença devem fazer isolamento e realizar o teste, para diagnóstico. Cipriano afirma que os municípios devem aplicar a quinta dose da vacina em idosos a partir dos 60 anos que já tomaram com a quarta dose há seis meses ou mais.

O estado começou nesta quarta (16), a distribuição de doses recebidas, mas que são suficientes apenas para crianças com comorbidades.

“Não temos ainda doses suficientes. Estamos lutando para ter doses suficiente para todas crianças com mais de seis meses. O momento é agora, antes dos casos dispararem, subirem. Sabemos que essa nova variante não tem a gravidade nos momentos iniciais da pandemia, mas as pessoas mais vulneráveis poderão enfrentar riscos de casos graves e até morte, por isso a importância de se vacinar”, afirmou.

G1 RN

Comitê Científico recomenda volta do uso de máscaras em locais fechados no RN

Reprodução

A equipe da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e o Comitê de Especialistas discutiram novas recomendações diante da apresentação das tendências e estratégias de controle da Covid-19 e do período sazonal da circulação de vírus respiratórios. A reunião ocorreu nesta segunda-feira (14), às 19h30 de forma remota.

Devido à identificação de uma nova variante no país (BQ.1), do aumento de casos em alguns estados e focando na prevenção de aumento de casos no Rio Grande do Norte, as recomendações sugerem atenção para a vacinação em todas as idades, isolamento em casos positivos ou sintomáticos, ampliação da capacidade de vigilância genômica no estado, ampliação de horários e pontos de vacinação, para melhor acesso da população, destacar a importância da Testagem e notificação através da plataforma Notifica RN, entre outras.

“Precisamos fazer este alerta para que caso exista aumento do número de casos no estado e internações, possamos estar preparados e principalmente precaver a população para que cada um faça a sua parte, principalmente com atenção às suas doses da vacinação contra a Covid-19”, disse Lyane Ramalho Secretaria adjunta da Sesap e membro do Comitê Cientifico.

O RN hoje está com a taxa de ocupação de leitos em 37%, sem fila de espera e com casos diários entre 4 a 15 confirmados, sem óbitos. Quanto à vacinação, a porcentagem preocupa o Comitê.  São 95% da população vacinada com a primeira dose (D1), 87% com a segunda dose (D2). 55% de vacinados com a primeira dose de reforço (D3) e apenas 21% com a segunda dose de reforço (D4). “Precisamos clamar a população para que vão aos postos de saúde. Só assim conseguiremos atravessar este vírus com maior controle e menos óbitos”, reflete Lyane Ramalho.

Confira as recomendações:

Fazem-se necessárias medidas para que o cenário epidemiológico não evolua para um quadro de piora:

1) Iniciar a vacinação da D5 para idosos, em conjunto com a vacinação já disponível para pessoas imunocomprometidas, e a D4 entre aqueles que não vacinaram;

2) Implementar canal de ouvidoria junto à Imunização da SUVIGE/CVS/SESAP para receber denúncias sobre a vacinação e salas de vacina;

3) Ampliar o horário de vacinação e pontos de vacinação;

4) Ampliar a capacidade de vigilância genômica no RN;

5) Fazer tratativas com o Ministério da Saúde, em conjunto com o CONASS, para aquisição de vacinas de nova geração;

6) Retomar o uso de máscaras faciais, como recomendação, de forma não obrigatória, em situações de ambientes fechados;

7) Estimular que os profissionais de saúde e farmácias procedam à notificação dos casos;

8) Os estabelecimentos de ensino da educação básica devem estimular pais e responsáveis a vacinar suas crianças e adolescentes e contribuir como local de vacinação de seus educandos, sobretudo com a retomada das atividades escolares das redes estadual e municipal;

9) Realizar busca ativa da população que está atrasada em relação à segunda, terceira e quarta doses, ou que ainda não foi vacinada;

10) Promover e estimular que as gestões municipais e os profissionais de saúde solicitem a testagem ampliada de todos os sintomáticos e testagem populacional estratificada, com a notificação dos casos;

11) A Atenção Primária à Saúde dos municípios, em conjunto com os NUREVEs das URSAPs, devem proceder ao monitoramento e acompanhamento dos casos ainda ativos, promovendo o isolamento social;

12) Reforçar a comunicação acerca de que todo paciente sintomático respiratório deve realizar o distanciamento social e usar a máscara.

Secretaria do Ministério da Saúde recomenda uso de máscara após avanço da Covid

Em nota técnica divulgada neste sábado (12/11), a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde recomenda aos estados e municípios a retomada do uso de máscara e a higienização frequente das mãos com álcool em gel ou água e sabão.

O órgão ressalta que a medida deve ser seguida principalmente “por indivíduos com fatores de risco para complicações da covid-19 (em especial imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades)”. Também devem ser levadas em consideração as pessoas que tiveram contato com casos confirmados de Covid-19 e quem frequentar locais fechados e mal ventilados, com aglomeração e serviços de saúde.

A orientação é feita após o número de novos casos de Covid-19 encerrar a semana com alta de 134% em relação ao dias anteriores, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

De 6 a 12 de novembro, o país registrou 61.564 infecções pelo coronavírus. Nos 7 dias anteriores, de 30 de outubro até o dia 5 deste mês, foram contabilizadas 26.304 contaminações.

O total de mortes causadas pela Covid-19 também subiu, mas em um ritmo menor. Foram 312 óbitos na semana encerrada neste sábado, contra 251 do período anterior. Alta de 24,3%.

Metrópoles

Maternidades públicas enfrentam superlotação e falta de médicos no RN

Foto: Geraldo Jerônimo

A rede de maternidades públicas do Rio Grande do Norte voltou a enfrentar problemas como superlotação. No Hospital Santa Catarina, os leitos estão todos ocupados, nesta sexta-feira (11) – um reflexo da superlotação também na Maternidade Januário Cicco, da UFRN. Na rede pública municipal de Natal, faltam médicos para completar a escala.

Apesar da ocupação, a direção do Hospital Santa Catarina diz conseguir atender à demanda regular. O problema é quando a rede materno infantil está sobrecarregada e acontece o chamado desvio de fluxo de uma maternidade para outra.

“Superlota o atendimento, o atendimento não fica humanizado como se espera, por causa da demanda, e traz um peso imenso ao nosso profissional que passa a dobrar sua demanda nos serviços. Traz até prejuízo, humanamente falando, para os profissionais médicos”, afirma Carlos Leão, diretor geral do Hospital Santa Catarina.

Outro problema enfrentado pela maternidade é a carência de médicos especialistas. De acordo com a administração da maternidade, no centro obstétrico atendem três ou dois médicos, quando o ideal seriam quatro. A situação mais difícil é na UTI neonatal com apenas dois médicos por plantão, responsáveis por 20 leitos de UTI neonatal.

O problema da falta de profissionais é enfrentado por outra maternidade, também na Zona Norte da capital potiguar, a Maternidade Leide Morais. A Secretaria de Saúde de Natal, gestora da unidade, diz enfrentar dificuldades para fechamento de escalas de obstetrícia com a empresa prestadora de serviço.

g1 RN

Covid: RN recebe 17 mil doses da Pfizer para vacinar crianças a partir de 6 meses a até 3 anos com comorbidades

Imagem de um frasco da vacina da Pfizer contra a Covid para crianças de 6 meses a 4 anos. — Foto: AP Photo/Mary Altaffer

O Rio Grande do Norte recebeu nesta quinta-feira (10) do Ministério da Saúde uma carga de 17 mil doses de vacinas pediátricas da Pfizer destinadas a imunizar bebês a partir de 6 meses de idade a crianças com até 3 anos.

As doses serão utilizadas inicialmente apenas no público dessa idade com comorbidade, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por conta da quantidade recebida.

A Sesap ainda não informou quando as doses serão distribuídas aos municípios e quando começará a vacinação no estado. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a vacina em setembro deste ano para esse público.

Segundo a secretaria, foram solicitadas para 225.800 doses no dia 4 de novembro para iniciar a vacinação de todas as crianças nessa faixa etária. Diante da quantidade recebida no estado, de 17 mil, a recomendação do Ministério da Saúde foi começar a vacinação pelo público com comorbidades, o que será seguido pela Secretaria de Saúde.

A imunização com a vacina pediátrica da Pfizer acontece em três doses, sendo as duas doses iniciais administradas com quatro semanas de intervalo. Já a terceira dose é administrada pelo menos oito semanas após a segunda.

Nesse caso, não é recomendada a intercambialidade de vacinas. Por isso, a recomendação do Ministério da Saúde é que seja feita a aplicação da primeira dose nesse público e que se guarde a segunda e terceira doses da mesma carga para não haver falta.

Já nas crianças de 3 e 4 anos de idade, a vacina aplicada é a CoronaVac, que está em falta em algumas cidades do Rio Grande do Norte, como a capital Natal, que suspendeu a aplicação da primeira dose. Uma nova carga ainda não está prevista para ser enviada pelo Ministério da Saúde.

G1 RN

Vereador denuncia “gato” de energia em prédio de unidade de saúde em Natal

Cumprindo visitas rotineiras de fiscalização, o vereador Anderson Lopes esteve, na manhã desta quinta-feira (10), na Unidade Básica de Saúde do bairro Alto da Torre, localizada na Zona Norte. No entanto, o parlamentar verificou que o prédio está sem energia e, para funcionar, foi feito uma instalação irregular de energia, conhecida popularmente como ‘gato’.

O prédio em que funciona a unidade de saúde foi inaugurado pela Prefeitura de Natal há menos de um mês, no último dia 17 de outubro, e recebeu investimento superior a R$ 1 milhão de reais. Em vídeo divulgado em suas redes sociais, Anderson Lopes mostra a fiação que comprova a ligação irregular e diz que o prédio da Prefeitura está utilizando a energia de um prédio vizinho pertencente à comunidade. “A estrutura e os equipamentos da unidade estão ótimos, mas a Prefeitura inaugurou o prédio sem o básico: energia elétrica”, afirma o vereador.

Em plenário, o vereador fez a denúncia do “gato” encontrado durante a sessão ordinária desta quinta. “A Prefeitura de Natal está cometendo furto de energia. Isso é crime previsto no Código Penal Brasileiro. Quem vai responder por este furto? Porque se um cidadão de bem faz um ‘gato’, ele vai responder criminalmente. E no caso da Prefeitura, quem vai responder por esse furto de energia na UBS Alto da Torre? Isso é muito grave. Lá só tem duas salas funcionando com ar condicionado porque, se ligar um terceiro, desliga o disjuntor do prédio vizinho, não é nem da própria Unidade Básica. No prédio da UBS, tem que ser trifásico, já o vizinho, de onde a energia é furtada, é monofásico. Cadê o secretário para esclarecer sobre esse absurdo?”, questiona Anderson Lopes.

Na Câmara, secretário de Saúde afirma que não fechará Maternidade Leide Morais

Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (09), o plenário da Câmara Municipal de Natal recebeu o secretário de Saúde de Natal, George Antunes, para prestar esclarecimentos sobre as dúvidas veiculadas na imprensa a respeito do fechamento da Maternidade Leide Morais, na zona Norte. Na ocasião, o titular da SMS refutou qualquer chance de encerramento dos serviços da maternidade, além de falar sobre a suspensão do atendimento de pediatria da UPA do Conjunto Pajuçara, também na zona Norte.

“Estou aqui porque fiz questão de esclarecer uma notícia falsa que está sendo disseminada na mídia, de forma irresponsável, que trata do fechamento da Maternidade Leide Morais. Claro que isso não vai acontecer, jamais sequer cogitamos fechar essa maternidade. Esse tipo de notícia é um desserviço à sociedade. Ao invés de fechar, estamos realizando uma grande reforma para recuperar a estrutura física a fim de melhorar e ampliar os serviços no local”, afirmou o secretário.

“Sobre a UPA Pajuçara, existe um problema sério de complementação de escalas de pediatras com a Cooperativa Médica, nossa contratada, sem condições de completar as escalas. Hoje nós temos sete serviços de atendimento de urgência e emergência, mais um hospital de pediatria. Talvez isso tenha aumentado a demanda nessa especialidade, o que gera dificuldades, pois o número de profissionais é pequeno. Então, esperamos que a Cooperativa consiga complementar as escalas para a gente não precisar fechar o serviço em Pajuçara e redirecionar para a UPA Potengi. Caso o problema não seja resolvido, apenas vamos transferir os atendimentos do Pajuçara para Potengi, sem risco de sobrecarga”, completou.

Foi a vereadora Júlia Arruda (PCdoB) que trouxe os temas para debate em seu discurso durante o Pequeno Expediente da sessão ordinária. “A notícia do fechamento da Maternidade Leide Morais foi veiculada pelo Jornal Tribuna do Norte e, diante disso, a gente não poderia ficar sem uma explicação da Secretaria para a população. Discursei, vários vereadores discutiram o fato e o secretário prontamente veio explicar a situação. Ele assegurou que a maternidade não fechará, o que nos deixou mais traquilos”.

O presidente da Comissão de Saúde, vereador Preto Aquino (PSD), disse que a resposta de George Antunes foi importante para acalmar a população que precisa da maternidade. “O esclarecimento dele é fundamental para dissipar qualquer ruído de informação na cidade sobre o tema e deixar todo mundo tranquilo com a continuidade dos serviços de obstetrícia na zona Norte. O que existe é a interrupção do atendimento pediátrico da UPA Pajuçara, muito em decorrência da falta de repasses do Governo do Estado para a Prefeitura”, pontuou.

Ao final da sessão, o vereador Raniere Barbosa (Avante) informou que uma reunião será marcada com a governadora Fátima Bezerra para tratar dos repasses estaduais obrigatórios que não estão sendo feitos ao Município. “Faremos um encontro institucional, com a presença de todas as bancadas, para saber da governadora sobre a possibilidade de cumprir com as transferências de recursos, oriundos de impostos estaduais direcionados para a saúde, essenciais para manutenção e custeio dos serviços de saúde pública”.

Por falta de bolsa de colostomia, paciente improvisa com sacola de supermercado: ‘Não aguento mais tanto sofrimento”

Pedro Trindade/Inter TV Cabugi

Um paciente da rede pública de saúde que mora em Natal está precisando usar uma sacola plástica de supermercado, amarrada com cadarços, para improvisar uma bolsa de colostomia. A situação ocorre há cerca de um mês.

Alexandre Beveluto, de 40 anos de idade, vive com a bolsa há quase quatro anos à espera de uma cirurgia na rede pública para poder resolver a situação.

De um mês para cá, no entanto, a situação ficou ainda pior. Ele contou que recebe cerca de 20 bolsas da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) para passar dois meses, mas considera o número insuficiente, já que precisa trocar praticamente todos os dias o acessório.

“Estou nesse sofrimento, em carne viva, usando sacola plástica de supermercado, vendo a hora pegar infecção, amarrada com cadarços de tênis. Minha pele está toda queimada. Não estou conseguindo dormir, comer, estou perdendo peso. Acho que perdi uns seis quilos desse mês para cá. Para quem já perdeu quase 60 nessas três cirurgias…Eu vou me acabar desse jeito”, lamentou.

G1 RN

Prefeitura de Natal inaugura UTI vascular no Hospital dos Pescadores

Nova estrutura atende até oito pacientes por semana, priorizando os mais graves

Para zerar a fila de espera de pacientes em busca de cirurgia vascular em Natal, diante da crise que já atinge quase 300 pacientes no Rio Grande do Norte, a Prefeitura inaugurou uma UTI exclusiva para atender à cirurgia vascular em sua rede pública de Saúde. A nova estrutura está em funcionamento no Hospital dos Pescadores (Hospec), no bairro das Rocas, e tem capacidade para atendimento cirúrgico de seis a oito pacientes por semana. É a primeira sala de cirurgia vascular da rede pública de saúde em Natal.

O prefeito Álvaro Dias destaca a necessidade de implantar o novo serviço, tendo em vista a forte pressão na demanda. “Preparamos de maneira muito célere a nova estrutura, pois os usuários da rede pública que precisam desse atendimento chegam em condições que não permitem muita espera. Nossa equipe da Secretaria Municipal de Saúde está de parabéns por oferecer essa resposta tão positiva à população”, afirma o prefeito.

Na unidade, são realizadas cirurgias de pequena e média complexidade nos usuários do sistema público de saúde de Natal, tanto aqueles acolhidos pelo pronto-atendimento do hospital, quanto os pacientes locais que estão internados no Hospital da Polícia Militar, que está com sobrecarga de internados para este tipo de cirurgia.

“Corremos para diminuir o tempo entre a internação e a cirurgia, pois quanto maior a demora, maiores são os riscos de amputação ou morte por infecção generalizada”, explica o diretor do Hospital dos Pescadores, Edney Agra.

Segundo o médico, o número de pacientes de Natal à espera da cirurgia na rede pública é alta e este procedimento só era feito nos hospitais conveniados do Estado. “Montamos a UTI em caráter emergencial para diminuir essa demanda. Como o Hospital dos Pescadores é uma unidade de saúde de pronto-atendimento, o qual chamamos de portas abertas, todos os dias chegam pacientes não só de Natal, mas de outras cidades e a maioria desses pacientes vem em estado crítico, o que exige urgência de cirurgia. É preciso minimizar o sofrimento dessas pessoas”, completa.

De acordo com o diretor-médico do Hospec, José Alisson Carvalho, o paciente de emergência vascular que chega ao hospital já passou por outros serviços médicos, incluindo a avaliação do angiologista no hospital da Polícia Militar. “São pessoas cujo diagnóstico já não permite ficar em casa, pois correm o risco de ter outras complicações, como sepse (infecção generalizada). Nós temos pacientes internados à espera de cirurgia e também a demanda que entra na nossa porta. O que fizemos foi pegar a lista e priorizar os pacientes de Natal, que também estão na fila do Estado, e agilizar o procedimento”, conta o diretor. “Quando abrimos o centro cirúrgico, tínhamos sete pacientes da nossa porta que agora já foram atendidos. Se o paciente fica dois meses esperando, desenvolve complicações, então o ideal nesse momento é suprir com o tratamento cirúrgico de emergência”.

O secretário municipal de Saúde, George Antunes, classifica a abertura da UTI um fato histórico para o Hospec e para todos os usuários do sistema público de saúde em Natal. “Este novo serviço possibilitará uma rotatividade dinâmica das internações clínicas vasculares”, define.

Atuação
Desde a pandemia o Hospital Municipal dos Pescadores (Hospec) vem atuando em várias frentes e atualmente já conta com 14 leitos de UTI, além de leitos de atendimento psicossocial. Para 2023, a Prefeitura de Natal deve ampliar o número para 18 leitos de UTI. A média de atendimento é entre 6 e 8 mil pessoas na porta, sendo 38% oriundos de outras cidades. “Não podemos virar as costas para quem vem em busca de assistência”, comentou o diretor.