Base Aérea de Natal (BANT), por meio do 1°/8° Grupo de Aviação, enviou ajuda para as autoridades responsáveis pela análise das áreas afetadas pelas chuvas no Grande Recife neste domingo (29).
Foto: Divulgação
Segundo a BANT, um helicóptero H-36 Caracal, ajudou autoridades, como os ministros da Saúde, da Cidadania, do Desenvolvimento Regional e do Turismo, que sobrevoaram a capital pernambucana para analisar danos causados pelas condições climáticas.
O governo do Rio Grande do Norte autorizou o envio de forças de segurança pública para auxiliar as vítimas de alagamentos e desmoronamentos causados pelas chuvas em Pernambuco. Partiram na manhã deste domingo (29), direto para Recife, 8 militares do Corpo de Bombeiros e mais um cão farejador.
Oito bombeiros, sendo cinco especializados em buscas e resgates em estruturas colapsadas e três guarda-vidas mergulhadores foram enviados junto com um cão farejador.
O governo do Rio Grande do Norte enviou na manhã deste domingo (29) oito bombeiros militares para auxiliar no resgate e na busca pelas vítimas das fortes chuvas que caíram nesta semana em Pernambuco.
De acordo com o governo do RN, fazem parte da equipe cinco bombeiros especializados em buscas e resgates em estruturas colapsadas, e três guarda-vidas mergulhadores.
Além disso, também integra a equipe um cão farejador.
As equipes viajaram em duas picapes da corporação. Entre os equipamentos levados, também foi incluído um bote inflável, que é utilizado em salvamentos.
Vinte pessoas morreram no Jardim Monte Verde, no Ibura, na Zona Sul do Recife
Foto: Reprodução/TV Globo
Até o início da tarde deste sábado, chegou a 28 o número de mortes em deslizamentos de barreira confirmadas no Grande Recife neste sábado (28). Com esse acréscimo, aumentou para 33 o número de óbitos devido às fortes chuvas que atingem a Região Metropolitana e a Zona da Mata desde segunda-feira (23). Com informações do G1.
No Recife, além de uma morte no Córrego do Jenipapo e outra no Sítio dos Pintos, outras 20 pessoas morreram devido a um deslizamento de terra na comunidade Jardim Monte Verde, no bairro do Ibura, na Zona Sul da capital pernambucana.
Em Camaragibe, no Grande Recife, seis pessoas morreram após um deslizamento de barreira na manhã deste sábado (28). Os nomes e as idades das vítimas não foram divulgados até a última atualização desta reportagem.
De acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), Camaragibe registrou 129 milímetros e o Recife contabilizou 150 milímetros até o início da tarde deste sábado (28).
Além dos óbitos, as chuvas fizeram com que quase mil pessoas deixassem as casas onde moram por causa dos alagamentos e deslizamentos de terra.
Segundo dados do Inmet, na Paraíba e no Rio Grande do Norte, o acumulado de chuvas deve ser superior a 60 milímetros por hora ou maior que 100 milímetros por dia
Chuvas seguem intensas no litoral nordestino – Foto: Elisa Elsie
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), na Paraíba e no Rio Grande do Norte, o acumulado de chuvas deve ser superior a 60 milímetros por hora ou maior que 100 milímetros por dia nesta sexta e no sábado. As áreas mais afetadas serão o leste e o agreste potiguares e a mata e o agreste paraibanos.
Ainda de acordo com o Inmet, o risco de danos em edificações, corte de energia elétrica, queda de árvores, descargas elétricas, alagamentos, enxurradas e transtornos no transporte rodoviário é grande nos dois estados.
Riscos hidrológicos e geológicos
De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), diante da previsão de chuvas intensas, existe a possibilidade de ocorrências de inundações, alagamentos e enxurradas entre as cidades de Maragogi (AL) e João Pessoa (PB). Já em Pernambuco, o risco geológico é maior nas cidades de Recife, Olinda, Ipojuca e São Lourenço da Mata.
A capital alagoana já registrou deslizamentos e também está em alerta. Atenção especial também para João Pessoa (PB) e Natal (RN), que possuem acumulados elevados de chuvas.
Defesa Civil Nacional
Neste momento, o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) da Defesa civil Nacional opera em alerta máximo (vermelho) e já mobilizou e enviou duas equipes do Grupo de Apoio a Desastres (Gade) para a cidade de Maceió (AL).
O coordenador-geral de Gerenciamento de Desastres do Cenad, Tiago Molina Schnorr, destaca as medidas de prevenção que devem ser tomadas pela população das regiões castigadas pelas fortes chuvas com o objetivo de minimizar os danos.
“São recomendadas diversas ações para proteger a população. A primeira é ficar bastante atento para as informações publicadas pelos órgãos oficiais, principalmente os locais. Além disso, é preciso ter cuidado com as notícias não oficiais, que nem sempre estão corretas e podem trazer risco adicional”, destaca Schnorr.
Uma das principais recomendações é para que as pessoas se inscrevam nos serviços de alerta, enviando um SMS para o número 40199. Assim, em caso de uma situação de desastre, será enviado um alerta on-line. Outra sugestão é ficar sempre atento ao Twitter da Defesa Civil Nacional (@defesacivilbr) e do Instituto Nacional de Meteorologia (@inmet_), que publicarão atualizações em tempo real.
O coordenador-geral do Cenad também explicou o que deve ser feito nos locais com risco de deslizamento. “É importante que a população fique atenta a qualquer sinal de movimentação do terreno, rachaduras, árvores e postes inclinados. Se houver risco iminente, a residência deve ser desocupada imediatamente”, alertou Tiago Schnorr. “Também é importante a atenção a qualquer sinal de elevação de rios, alagamentos e enxurradas nas ruas e à subida das águas, para não serem pegos desprevenidos. Além disso, deve-se desligar aparelhos de energia da tomada, a chave-geral, encanamento de gás e de água”, acrescenta.
Os municípios atingidos devem se cadastrar no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Na ferramenta, é possível elaborar Planos de Contingência; registrar desastres ocorridos no município/estado; solicitar o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública; solicitar recursos federais a partir da elaboração de formulários on-line; consultar e acompanhar as solicitações de reconhecimento e de repasses para ações de resposta e de recuperação, e buscar informações sobre recorrências de desastres com base em dados oficiais.