23 de julho de 2025

Festa de Santa Rita de Cássia movimenta R$ 40,2 milhões em Santa Cruz

Santa Cruz – Foto: Canindé Soares

A festa de Santa Rita de Cássia, em Santa Cruz (RN) gerou uma movimentação financeira superior a R$ 40,2 milhões reunindo mais de 211 mil pessoas em maio de 2025, conforme pesquisas do Instituto Fecomércio RN. Os números foram apresentados na noite de terça-feira (22), reunindo empresários do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do município e representantes do poder público, na Casa do Empresário, sede do Sindivarejo naquele município.

Um dos levantamentos mostra a Percepção dos Empresários mostrando que, entre os empreendedores, 66,9% avaliaram o impacto da festa em seus negócios como positivo. O faturamento médio diário por estabelecimento alcançou R$ 1.683,77, o maior patamar da série histórica, um salto de 16,1% em relação a 2024.

A pesquisa ainda aponta que, para se preparar, 58,9% dos entrevistados ampliaram estoque, 33,8% melhoraram a variedade de produtos, e 21,9% contrataram mão de obra temporária.

Maioria dos participantes é de turistas

O estudo Perfil dos Participantes aponta um público diversificado, mas com predominância de turistas: 70% eram visitantes de outros municípios, enquanto 30% eram residentes. Desses, 74,2% vieram do Rio Grande do Norte, seguidos por 15,6% da Paraíba e 7,5% de Pernambuco, reforçando o caráter regional do evento e sua vocação como polo de turismo religioso e cultural no estado.

O perfil de gastos destaca comportamentos distintos. Residentes gastaram em média R$ 416,96 por dia (um aumento de 12% em relação ao ano anterior), com 56,4% em compras e 22,2% em alimentação. Por sua vez, turistas despenderam R$ 428,78 diários – elevação de 12,8% – com 21,1% em transporte e 28,4% em compras. A nota média geral atribuída ao evento foi 9,47, sendo 9,61 pelos visitantes e 9,13 pelos moradores, evidenciando alta satisfação em ambos os grupos.

“A Festa de Santa Rita de Cássia reafirma seu papel como motor econômico e cultural para Santa Cruz e região. O aumento no gasto médio dos participantes fortalece o comércio, os serviços e gera renda e empregos temporários, beneficiando toda a cadeia produtiva local”, afirmou o presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Santa Cruz, Márcio Macedo, destacou: “O fato de os turistas continuarem com gasto médio superior ao dos moradores também reforça o potencial da festa enquanto ativo estratégico para o turismo religioso e cultural da região”.

Agradecendo pela parceria do Sistema Fecomércio RN pelo oitavo ano consecutivo na realização da pesquisa sobre a Festa de Santa Rita de Cássia, a prefeita Ana Fabrícia de Souza disse que “esse trabalho vai muito além da apresentação de dados. A pesquisa entrega instrumentos concretos para que o poder público e o setor empresarial possam planejar de forma estratégica, promovendo melhorias na festa, na qualidade dos serviços oferecidos durante o período e até no cuidado com nossos equipamentos públicos. Esse trabalho é uma contribuição valiosa para o desenvolvimento econômico de nossa Santa Cruz”, destacou.

Pesquisa IFC RN – Festa de Santa Rita de Cássia

Realizada entre 17 e 22 de maio, a pesquisa ouviu 601 participantes em pontos estratégicos da cidade e 151 empresários dos setores de Comércio e Serviços, com margem de erro de 3 pontos percentuais e nível de confiança de 95%. A íntegra dos relatórios está disponível em: fecomerciorn.com.br/pesquisas.

Economia de Santa Cruz e Região Agreste

Durante a apresentação da pesquisa do IFC, o economista da Fecomércio RN, William Figueiredo, traçou um panorama da economia do Agreste Potiguar, com foco no município de Santa Cruz, a maior economia da região, concentrando quase 15% do PIB do Agreste.

A cidade responde por 48,1% do PIB de Comércio e Serviços regional, com mais de 2.200 empregos formais no setor e um saldo positivo de 536 vagas desde 2020. O estudo também destacou o avanço da formalização via MEI, categoria empresarial concentrada no município, com representação de 83% das empresas ativas da região no setor de Comércio e Serviços.

A análise incluiu ainda os números da macrorregião do Agreste, que abrange 33 municípios e representa 5,3% do PIB estadual. O setor de Comércio, Serviços e Turismo responde por mais de 33% do PIB da economia regional, com cerca de 9 mil MEIs e 8,9 mil empregos formais.

Detran explica passo a passo como comunicar ou cancelar venda de veículos no RN

A venda de um carro, para muitos, representa o fim de um ciclo. Mas o que muitos motoristas ainda ignoram é que, mesmo depois de entregar o veículo e receber o pagamento, a responsabilidade sobre ele pode continuar — e com ela, dores de cabeça que vão de multas inesperadas a envolvimento em situações mais graves.

Para evitar esse tipo de problema, o Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran/RN) reforça a importância de comunicar formalmente a venda do veículo. O procedimento transfere oficialmente a responsabilidade do automóvel para o novo dono e precisa ser feito em até 30 dias após a assinatura do Certificado de Registro do Veículo (CRV) ou da versão digital (ATPV-e), com firma reconhecida.

Quem não realiza a comunicação dentro do prazo corre o risco de continuar sendo cobrado por IPVA, licenciamento, infrações e até por crimes cometidos com o carro já vendido.

O serviço está disponível nas unidades do Detran, em cartórios conveniados ou pelo aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT). Para pessoas físicas, é exigido o formulário preenchido, documentos pessoais e, se necessário, comprovante de residência. Empresas devem apresentar documentação societária, e representantes precisam de procuração reconhecida. A taxa é de R$ 14.

Caso a venda seja desfeita, o cancelamento da comunicação pode ser solicitado com documentos assinados por ambas as partes. Nesse caso, a taxa é de R$ 107.

O Detran reforça que a responsabilidade sobre o veículo só deixa de ser do antigo dono após a comunicação oficial da venda. Por isso, o cuidado com esse detalhe pode evitar transtornos futuros.

Mais informações estão disponíveis no site do órgão.

Prefeito Antônio Henrique abre Semana do Município e apresenta balanço dos primeiros meses de gestão

Nesta quarta-feira (22), a Prefeitura de Ceará-Mirim deu início à programação oficial da Semana do Município, em comemoração aos 167 anos de emancipação política da cidade. A solenidade aconteceu em frente ao Palácio Antunes e contou com a presença do prefeito Antônio Henrique, da vice-prefeita Margareth, do presidente da Câmara Municipal, Marcone Barbosa, além de secretários, vereadores e moradores.

Durante o evento, o prefeito apresentou um balanço das principais ações realizadas nos primeiros sete meses de gestão e reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento do município:

“Essa semana marca mais do que a celebração dos 167 anos de Ceará-Mirim. Marca o compromisso que renovamos todos os dias com a nossa cidade. Saio de casa às 6h da manhã e muitas vezes só volto de madrugada, acompanhando de perto as equipes em campo, inclusive em dias de chuva. Já fizemos muito e temos muito mais por fazer. Quero também reconhecer o ex-prefeito Júlio César, que deu importantes contribuições e a quem damos continuidade com respeito e responsabilidade”, afirmou o prefeito.

Educação

A gestão garantiu o pagamento do piso salarial dos professores e quitou todas as letras salariais em atraso. Além disso, está realizando manutenção preventiva em toda a rede municipal e reformando oito escolas, entre elas a Escola Menino Jesus. Também foram convocados novos concursados para reforçar o quadro de profissionais da educação.

Saúde

As unidades de saúde de Coqueiros, Massaranduba e Matas foram reformadas. O programa Fila Zero já realizou e agendou mais de 9 mil procedimentos. Foi anunciada a criação da Casa Azul, espaço especializado para atendimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O prédio está em reforma e os equipamentos já foram adquiridos. Em breve, o serviço será entregue com terapias, atividades pedagógicas e apoio às famílias.

Infraestrutura

A Prefeitura deu continuidade às obras de pavimentação e asfaltamento em ruas da sede e comunidades como Terra da Santa, Muriú, Primavera e Várzea de Dentro. Está em andamento o asfaltamento da Rua Olinto Meira e operações de tapa-buraco no Planalto, Cohab e ruas centrais. Outras ações incluem a reforma do Mercado da Carne, avanço nas obras do Camelódromo e substituição da iluminação pública por LED nas principais avenidas e em bairros como Vale do Amanhecer, Baixo Vale e Massaranduba.

Desenvolvimento Rural

Mais de 8 mil famílias produtoras foram beneficiadas com o corte de terra. Também foram realizadas limpezas de rios e lagoas para fortalecer a produção agrícola. Um sonho antigo dos moradores do Assentamento Padre Cícero se tornou realidade com a inauguração do novo sistema de abastecimento de água, encerrando uma espera de mais de 25 anos. A obra, executada pelo SAAE, contou com investimento de mais de R$ 300 mil e beneficia diretamente mais de 60 famílias com a instalação de poços, redes de distribuição e ramais domiciliares.

O prefeito também anunciou que está buscando recursos para viabilizar a tão sonhada estrada que ligará Ponta do Mato a Primeira Lagoa, beneficiando diversas comunidades rurais.

Habitação

Serão entregues 50 casas à comunidade quilombola de Coqueiros e está em andamento a construção de 400 apartamentos no bairro Planalto, divididos em duas etapas de 200 unidades.

Serviços Urbanos

Diversos bairros receberam ações de limpeza urbana, e a coleta de lixo foi regularizada em comunidades como Aningas, Tamboão, São José, Rosário, Santa Águeda I e II, Manimbu e Tamanduá.

Segurança e Gestão

Graças à articulação do prefeito Antônio Henrique, com o apoio de prefeitos da região do Mato Grande, o Governo do Estado confirmou a instalação de um Batalhão da Polícia Militar em Ceará-Mirim. Também foram iniciadas melhorias na base da Guarda Municipal em Muriú, com reforço nas ações de segurança.

Na administração, a gestão tem mantido o pagamento dos salários dos servidores em dia e de forma antecipada, reafirmando o compromisso com a valorização do funcionalismo e o equilíbrio das contas públicas.

Rota 22 inicia ciclo de oficinas pelo Agreste

O Projeto Rota 22 chegou em Passa e Fica (RN) e o encontro foi na pousada Manaím, na terça-feira (22). Foi o momento para trocar ideias, compartilhar conhecimento e construir juntos um futuro melhor para o RN, como foco na região Agreste. Nesta quarta-feira (22) o encontro ocorre em Goianinha (RN), no Mirante do Vale Restaurante.

O prefeito de Passa e Fica, Flaviano Lisboa, em sua fala, na oficina, chamou atenção para um dos propósitos do Partido Liberal (PL) a profissionalização dos jovens. “Isso para que tenham autonomia e busquem empreender. Para que não dependam do assistencialismo e sejam donos da própria vida”, disse.

O prefeito de São José do Campestre, Eribaldo Lima, participou da oficina e lamentou a demanda por água potável. “O município, principalmente, na área rural tem uma situação muito delicada”, relatou. A secretária Municipal de Saúde de Passa e Fica, Elizabete Sousa, lamenta o não cumprimento da pactuação no atendimento SUS por parte do governo. “É uma dificuldade permanente para quem está na ponta que é o município”, disse.

Maria Célia, secretária Municipal de Educação, comemora que apesar do Rio Grande do Norte constar um último nos números do Ideb, Passa e Fica se destacou na região Agreste.

O Projeto Rota 22 completa o ciclo de oficinas esta semana, desta vez na região Agreste. No dia 2 de agosto haverá o grande Seminário, em Santo Antônio, reunindo lideranças do Agreste, Trairí e Potengi. Na agenda do Projeto Rota 22, ainda tem oficina em Parnamirim, no dia 6 de agosto, em Extremoz, no dia 7 de agosto, e Seminário da Região Metropolitana, em Natal, no dia 16 de agosto.

O Rota 22 é uma iniciativa do PL em parceria com o Instituto Álvaro Valle, que fechou o primeiro semestre com 20 eventos realizados no Estado, sendo 16 oficinas e 4 seminários abrangendo todas as regiões do RN.

PRF acompanha novo deslocamento do MST na BR-101

MST

Na manhã desta quarta-feira (23), a Polícia Rodoviária Federal acompanha uma caminhada promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), nas imediações da BR-101, no Rio Grande do Norte.

A manifestação, de caráter pacífico, teve início na Avenida Senador Salgado Filho, com deslocamento em direção à BR-101. O grupo, com cerca de 500 participantes, segue em direção à sede da Governadoria do Estado, em Natal/RN.

Equipes da PRF já se encontram posicionadas na BR-101, onde a manifestação deve chegar nos próximos instantes, para realizar o controle de tráfego e garantir a segurança de todos os envolvidos.

Setor salineiro do RN pede busca por acordo para evitar impactos da taxa de Trump

O setor salineiro do Rio Grande do Norte pediu oficialmente que o Governo Lula busque ao menos adiar a entrada em vigor da sobretaxa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a importação de produtos brasileiros. A previsão é que a tarifa comece a valer em 1º de agosto, e os empresários potiguares pedem que a taxa caia ou pelo menos tenha a implantação adiada em 90 dias.

Diretor da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) e presidente do Sindicato da Indústria da Extração do Sal do Estado do Rio Grande do Norte (Siesal-RN), Airton Torres se reuniu nesta semana com o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa.

O setor salineiro potiguar alega que será duramente afetado se a tarifa realmente entrar em vigor. De todo o sal produzido no Brasil, 98% vêm do RN.

Também participaram da reunião o CEO da Salinor – maior exportadora de sal do Brasil -, Rafael Mandarino, e a diretora da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Cláudia Borges, que representou a Intersal (Porto Ilha).

Segundo Torres, o encontro permitiu demonstrar não apenas a importância do setor salineiro para a economia nacional, mas também as preocupações de outras cadeias produtivas.

“Levamos informações ao MDIC que o secretário [Márcio Elias Rosa] entendeu serem muito úteis e importantes para a elaboração de um documento que está desenvolvendo, com base nos dados de muitos setores da economia nacional, para encaminhar ao governo americano”, afirmou.

Durante o encontro, Torres defendeu a retirada da taxação ou, em caso dessa impossibilidade, o adiamento da sua vigência por, pelo menos, 90 dias, como “forma de garantir mais tempo para que o governo, com apoio do setor produtivo, possa dar prosseguimento à negociação técnica”, explicou.

Ele entregou ao secretário diversos documentos, dentre eles a carta enviada pela governadora Fátima Bezerra (PT) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitando a intensificação de negociações técnicas com o governo norte-americano com o objetivo de retirar a tarifa dos produtos brasileiros ou prorrogar a sua entrada em vigor.

Em nota técnica divulgada após o anúncio da taxação, o Siesal-RN alertou que a medida ameaça 4 mil empregos diretos no Semiárido Potiguar, além de afetar toda a cadeia logística e inviabilizar as operações do Porto Ilha, em Areia Branca.

Atualmente, 47% das exportações feitas pelo terminal salineiro de Areia Branca são destinados aos Estados Unidos, o que, historicamente, representa cerca de 530 mil toneladas exportadas por ano. “Se a tarifa de 50% não for retirada, o nosso sal estará fora do mercado dos Estados Unidos e este é um problema muito grande, porque a indústria salineira não tem um outro mercado que possa absorver esse volume”, concluiu Torres.

De acordo com dados do Siesal-RN, caso a medida seja mantida, o Brasil poderá se tornar dependente da importação de sal, colocando em risco a sustentabilidade da produção nacional.

A tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos pode resultar em perdas de até R$ 175 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil ao longo dos próximos 10 anos, aponta um estudo da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).

Além da retração — que representaria um impacto negativo de 1,49% no PIB no longo prazo —, as taxas anunciadas pelo presidente Donald Trump têm potencial para eliminar mais 1,3 milhão de postos de trabalho no Brasil, estima a entidade.

“O agravamento da crise comercial entre Brasil e EUA representa um risco grave à estabilidade econômica e ao desenvolvimento industrial”, afirmou, em nota, a Fiemg.

No estudo, a federação mineira também estimou os impactos de uma possível retaliação brasileira ao tarifaço. Caso o governo do presidente Lula decida impor uma taxa recíproca de 50% sobre a importação de produtos norte-americanos, a queda no PIB pode chegar R$ 259 bilhões (-2,21%).

Nesse cenário, 1,9 milhão de empregos seriam impactados em até 10 anos, com uma redução de R$ 36,2 bilhões na massa salarial do País. Enquanto isso, a arrecadação de impostos cairia R$ 7,21 bilhões, de acordo com o estudo.

Em nota, a Fiemg defendeu que o governo brasileiro “atue de forma firme, mas diplomática, na busca por um acordo”.

Fonte: Agora RN