Nas eleições de 2020, Geraldo Bocão obteve 169 votos, um desempenho modesto que, na época, foi amplamente atribuído à parceria com Ewerton Vieira, então visto como um articulador político influente. Vieira, por sua vez, acreditou ser uma peça-chave para o sucesso de Geraldo e, nos bastidores, consolidou sua imagem como uma liderança emergente.
No entanto, o rompimento entre os dois mudou o cenário. Ewerton decidiu trilhar seu próprio caminho na eleição de 2024, lançando-se como candidato. Surpreendentemente, apesar de sua força autoproclamada como articulador, Vieira obteve apenas 129 votos, uma redução significativa em comparação com o desempenho de Geraldo em 2020, e que certamente fragiliza sua imagem de liderança.
Enquanto isso, Geraldo Bocão, agora sem o apoio de Ewerton, não apenas manteve-se relevante, mas conseguiu multiplicar sua votação, saltando para 372 votos em 2024. Esse aumento substancial reflete dois aspectos importantes da dinâmica política local:
Resiliência e independência de Geraldo Bocão: Ao superar os números de 2020 de forma tão expressiva, Geraldo provou que sua força política vai além das articulações de Ewerton Vieira. Ele declarou capacidade de consolidar sua base de candidatos e conquistar novos apoios, ou que sugere uma reavaliação de sua relevância no cenário político de São Paulo do Potengi.
Fragilidade da liderança de Ewerton Vieira: A votação de Ewerton, bem abaixo de sua expectativa, coloca em dúvida sua eficácia como articulador político. Ao se distanciar de Geraldo e lançar-se candidato, esperava-se que ele capitalizasse em cima de sua influência no passado. No entanto, o resultado nas urnas indica que a percepção de sua liderança talvez tenha sido superestimada.
Esse cenário deixa claro que, na política, alianças e relacionamentos são importantes, mas a força de um candidato está em sua capacidade de conectar-se diretamente com o eleitorado.