O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou na segunda-feira (28/3) que renunciará ao cargo no estado para “se apresentar” [para ser útil nesse momento histórico da política]. Leite tem a convicção de que deve participar “ativamente” desse momento. O comunicado foi feito em coletiva de imprensa com ares de lançamento de pré-campanha. Leite deixará o governo no próximo dia 2 de abril, data limite dada pela Justiça Eleitoral para desincompatibilização. Em seu lugar ficará o vice-governador, Ranolfo Vieira Junior (PSDB).
“Aos gaúchos entendo que vão entender meu gesto. Não estou saindo, estou me apresentando”, declarou, dirigindo-se aos sul-rio-grandenses. O chefe do Executivo gaúcho também afirmou, na coletiva, que ficará no PSDB. Nas últimas semanas foi ventilada a saída de Leite da legenda para concorrer à Presidência pelo PSD, partido comandado por Gilberto Kassab, o que não se confirmou.
O governador do Rio Grande do Sul disse, ainda, que está em contato com o candidato eleito democraticamente pelas prévias do PSDB, João Doria (SP). Segundo ele, o governador paulista está alinhado com os “mesmos sentimentos” em relação a uma viabilidade de alternativa para o Brasil. Isso significa que ele aceitará a melhor escolha para o país em prol de um projeto maior.
A atitude de permanecer na legenda sugere que Leite ainda acredita numa “virada de jogo” no tucanato para assumir a candidatura presidencial do partido no lugar de Doria. Além disso, ser tachado como “traidor” por seus colegas da sigla não o ajudaria com uma campanha mais robusta, em busca de uma possível candidatura ao Planalto.
Com informações do Correio Braziliense