Ao citar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o presidente Jair Bolsonaro (PL) alegou, nesta segunda-feira 21, ser vítima de uma “perseguição implacável”.
“Sabemos da posição do Alexandre de Moraes. É claro, não é uma novidade que vou falar: é uma perseguição implacável para cima de mim. Tivemos momentos difíceis no ano passado, quando o TSE julgou a possibilidade da cassação da chapa Bolsonaro-Mourão por fake news. Acredite, eu até respondi processos no TSE por abuso do poder econômico. Deveria ter sido arquivado de ofício”, disse Bolsonaro, em entrevista à Jovem Pan News.
“Nós sabemos o que eles querem, o que alguns querem aqui no Brasil: eu fora do combate e, obviamente, Lula eleito”, acrescentou o mandatário.
Na sexta-feira 18, Moraes determinou o bloqueio do Telegram no país, após o aplicativo de mensagens ignorar uma série de decisões judiciais. A medida foi revogada no domingo 20. O app, que tem uma política fraca contra mensagens falsas, recebe apoio dos bolsonaristas.
Durante a entrevista, Bolsonaro também afirmou que “dá para fazer eleições limpas” no país, desde que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acolha as sugestões das Forças Armadas sobre as urnas eletrônicas.
“O TSE convidou Forças Armadas para participar do processo eleitoral. Foram levantadas várias possíveis vulnerabilidades no TSE. Depois de muitas idas e vindas, houve audiência com Fachin, Moraes e Braga Netto. E o Braga Netto apresentou sugestões ao TSE. Entendo que ele deve acolher essas sugestões. Elas praticamente impossibilitam fraudes”, disse o presidente da República.
“Pode ter certeza: dentro das quatro linhas, temos como fazer com que processo caminhe dentro da normalidade”, pontuou Bolsonaro.