O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), coordenador do comitê de campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro, colocou em dúvida a permanência do ministro da Economia, Paulo Guedes, em um eventual segundo mandato do pai.
Ao reconhecer que o papel exercido pelo chefe da equipe econômica é “cansativo”, Flávio disse que só depende de Guedes “continuar dando a sua contribuição” ao governo. As declarações foram dadas em entrevista ao jornal O Globo.
O senador afirmou que há uma espécie de cardápio eleitoral que o ministro precisará seguir, que envolve, por exemplo, um “remédio amargo” para conter a inflação.
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“Ele (Guedes) tem o senso de responsabilidade de buscar o meio-termo para que a política econômica não degringole o Brasil de vez, a médio e longo prazo, mas sabe da importância, em ano eleitoral, de ter um remédio mais amargo para segurar a inflação, reduzir o preço do dólar e gerar mais emprego. Eu não sei se ele seguiria no cargo em um segundo governo. Depende da disposição dele, que é cansativo. Você vê que o presidente Bolsonaro envelheceu muito, o Paulo Guedes também. É muito desgastante. Se ele quiser continuar dando sua contribuição, o presidente Bolsonaro vai indiscutivelmente topar na hora, mas não sabemos os planos pessoais dele.”
Segundo o jornal, Paulo Guedes já disse em carater reservado que, em caso de vitória de Bolsonaro em 2022, ele não descarta deixar o governo ou mesmo migrar de pasta.
Esta semana, Flávio assinou proposta de emenda à Constituição (PEC) que reduz os tributos incidentes sobre os combustíveis, o gás e a energia elétrica (PEC 1/2022).
A PEC é rechaçada pelo Ministério da Economia, que a apelidou de “kamikaze”, em referência a pilotos de aviões japoneses carregados de explosivos cuja missão era realizar ataques suicidas na Segunda Guerra Mundial. A equipe de Guedes considera a proposta explosiva porque não apresenta nenhuma medida de compensação fiscal.
Flávio Bolsonaro assina PEC de combustíveis criticada pela Economia
Questionado sobre por que assinou a PEC que contrariava a orientação de Guedes, Flávio disse que apenas seguiu a orientação da liderança do governo na Casa. De acordo com o senador, há um consenso para uma redução do preço do combustível o mais breve possível.
“Eu estava em Belo Horizonte e quando eu saio eu vi a notícia que eu tinha assinado a PEC. No Senado, a assessoria faz tudo eletrônico. Não tinha conseguido me consultar na hora e como havia a orientação da liderança do governo de que seria favorável à PEC eles fizeram a assinatura digital. Então, a responsabilidade é minha. A PEC tem coisas positivas e negativas”, assinalou.
“Em função dessa PEC, acendeu um alerta no governo para acelerar as propostas do governo para reduzir o preço do combustível, atender toda a cadeia produtiva, caminhoneiros, o pessoal que usa transporte coletivo, quem tem carro etc. O importante é que todos estão imbuídos de reduzir o preço de combustível que está muito alto”, completou.
Os aluguéis residenciais ficaram 1,86% mais caros em janeiro, depois de já terem subido 0,66% em dezembro de 2021. Os dados são do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar), divulgado nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Nos 12 meses encerrados em janeiro, a taxa ficou positiva em 1,23%. Em 2021, o Ivar fechou com queda de 0,61%, após subir 4,08% em 2020.
O Ivar foi lançado no mês passado. O índice foi criado para medir a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais do mercado de imóveis no Brasil, com informações obtidas diretamente de contratos assinados entre locadores e locatários sob intermediação de empresas administradoras de imóveis. Até então, a FGV coletava informações de anúncios de imóveis residenciais para locação, e não os valores efetivamente negociados.
Em janeiro, houve alta nas quatro capitais pesquisadas pelo novo índice da FGV, com aceleração ante dezembro de 2021. O aluguel residencial em São Paulo passou de aumento de 0,48% em dezembro para um salto de 2,45% em janeiro. No Rio, o índice saiu de alta de 1,03% em dezembro para alta de 1,30% em janeiro; em Belo Horizonte, passou de 1,17% para 2,08%; e em Porto Alegre, de 0,43% para 1,06%.
No acumulado em 12 meses até janeiro, os aluguéis avançaram 0,40% em São Paulo. No Rio, subiram 1,85%. Em Porto Alegre, subiram 0,84%. Em Belo Horizonte, subiram 3,69%.
A aceleração dos preços dos aluguéis em janeiro, verificada no Ivar/FGV, tem componentes sazonais, responde à elevação da inflação e a dinâmicas da pandemia, mas não deve ser tomada como tendência para 2022, afirmou Paulo Picchetti, do Ibre/FGV.
Segundo Picchetti, analisando a série histórica do Ivar para São Paulo, iniciada quatro anos atrás, é possível identificar um “padrão de sazonalidade” para os dois primeiros meses do ano, com viés de alta. Conforme o pesquisador, os dados não sugerem uma explicação para o padrão. “O começo do ano tem um efeito de organização e mudanças de vida. Isso pode explicar essa sazonalidade, mas é apenas uma conjectura”, afirmou Picchetti.
O pesquisador afirma ainda que “as condições do mercado de trabalho, ao longo de 2022, não são compatíveis com inquilinos aceitando reajustes. A recomposição do emprego não foi acompanhada de recomposição na renda”.
No Brasil, um em cada dez bebês nascidos vivos são filhos de crianças ou adolescentes de 10 a 19 anos de idade, segundo o Sistema Único de Saúde (SUS). No Rio Grande do Norte, dados da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN) analisados pelo Instituto Santos Dumont (ISD), detalham que meninas abaixo de 14 anos deram à luz a 5.652 bebês no RN – de 2010 a 2021 -, o que configura a gravidez precoce.
Por ano, essas mulheres pariram, em média, 471 meninos e meninas em todo o território potiguar. Esse número, porém, poderia ser ainda maior se os casos de óbito materno-fetal e aborto entrassem na conta. Neste mês de fevereiro, autoridades de saúde ao redor do mundo chamam atenção para os riscos que envolvem a gestação entre crianças e adolescentes.
O número parece ser pequeno em percentual, variando de 1,2% a 0,7% do número total de nascidos vivos no Estado ao longo dos anos analisados. No entanto, acende o alerta para possíveis violações dos direitos de meninas e adolescentes que passam a desempenhar um papel de mãe enquanto deveriam se dedicar exclusivamente aos estudos. Apesar do decréscimo geral no percentual de bebês nascidos de adolescentes, a situação ainda apresenta índices relativamente altos, em especial, envolvendo a gestação de meninas entre 10 e 14 anos.
“Os dados parecem baixos mas significam números altos de uma gestação considerada precoce e é necessário pensar no tipo de relação que é estabelecida para que a gestação aconteça. Podem até ser relações consentidas, mas que, legalmente, a gente não pode considerar o consentimento de uma pessoa que é inimputável do ponto de vista legal”, explica a preceptora multiprofissional assistente social do ISD, Alexandra Lima.
O Ministério da Saúde, assim como a Organização Mundial de Saúde (OMS), definem como adolescência o período de 10 a 19 anos, ciclo que é constituído pela transição da infância para a vida adulta e carrega diversas mudanças e constantes adaptações. Entre as questões de saúde nessa faixa etária, a gravidez tem sido um desafio, pois são maiores as chances de ocorrerem complicações durante a gestação.
No Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi (Anita), uma das unidades do ISD em Macaíba, são inúmeros os casos de gravidez na adolescência acompanhados, em razão da unidade ser referência no acompanhamento pré-natal de alto risco no estado.
“Temos recebidos de forma recorrente adolescentes gestantes e as situações vivenciadas são inúmeras, desde a menina engravidar de um namorado da mesma idade ou dois, três anos mais velho, até o absurdo de uma garota de 14 anos engravidar de um homem de 42. Esse caso específico foi notificado como violência sexual, pois especialmente quando a adolescente tem menos de 14 anos, a relação é considerada, pela lei, estupro de vulnerável”, ressalta Alexandra Lima
Recuo
Apesar do número considerado alarmante de gestações de meninas menores de 14 anos, houve uma queda de 32,6% no número de nascidos vivos de mães de 10 a 19 anos de 2010 a 2021 no Rio Grande do Norte. Os números foram analisados pelo obstetra especialista em medicina fetal e diretor-geral do Instituto Santos Dumont (ISD), Reginaldo Freitas Jr.
Em 2010, foram 9.822 bebês nascidos de mães nessa faixa etária. O número veio caindo ao longo dos anos até que, em 2021, chegou aos 5.749 nascimentos de filhos de mães adolescentes notificados no RN. No entanto, o quantitativo não compreende todos os casos de ocorrência de gravidez na adolescência no território potiguar, uma vez que considera apenas nascidos vivos e desconsidera complicações como aborto ou óbito materno-fetal.
“Apesar da subnotificação, pois nessa conta não entram casos em que o bebê não chega a nascer vivo, por exemplo, essa queda é importante e positiva. Entretanto, a ocorrência de gestações na adolescência ainda é considerada alta aos olhos de indicadores sociais do mundo todo e a redução nos últimos anos não pode ser considerada uma grande vitória. A gente ainda tem muito a fazer, sobretudo disseminar o acesso a informações e estratégias educacionais em saúde sexual e reprodutiva”, defende Reginaldo Freitas Jr.
O índice brasileiro de gravidez na adolescência é considerado alto: a taxa é de 68,4 nascimentos para cada mil adolescentes entre 15 e 19 anos, segundo o relatório da Organização Pan-Americana de Saúde (PAHO), enquanto a média mundial é estimada em 46. Para Reginaldo Freitas Jr., se toda gestação deveria, idealmente, ser cuidada desde a concepção, na adolescência não deveria ser diferente.
“Estamos falando de uma fase da vida onde existe a exposição dessas meninas a um maior risco perinatal. A ocorrência da gravidez na adolescência está associada a condições perinatais muito mais desfavoráveis, como síndromes hipertensivas, prematuridade e baixo peso ao nascer, que acontecem com maior frequência em gestações de meninas nessa faixa etária da adolescência”, explica o obstetra. A gravidez na adolescência é um problema de saúde pública devido aos riscos à saúde da mãe e do bebê, que também incluem anemia, aborto espontâneo, eclâmpsia e depressão pós-parto, por exemplo.
Conforme Reginaldo Freitas Jr., a justificativa para os elevados índices de gravidez na adolescência envolve questões muito amplas, desde o nível socioeconômico e cultural à iniciação sexual precoce. O pouco conhecimento sobre os métodos contraceptivos,a dificuldade de acesso a essa política de saúde e até a falta de participação do parceiro na prevenção à gravidez também são alguns dos motivos.
“É importante considerar que, muitas vezes, as adolescentes querem mesmo engravidar e possuem isso como objetivo de vida. No entanto, nossos desafios são fazê-las entender que cada fase precisa ser vivida no seu tempo e, quem sabe, enxergar outras possibilidades, construir uma sociedade que garanta cidadania para os meninos e meninas, além de não criminalizar ou abominar os casos de gravidez na adolescência e sim, prestar todo cuidado necessário a essas vidas”, argumenta Reginaldo Freitas Jr.
A pedagoga do ISD, Luzia Guacira dos Santos Silva, avalia que a principal perda educacional das mães precoces está relacionada ao abandono da escola. “Muitas crianças e adolescentes que engravidam acabam abandonando a vida estudantil por causa da nova função que assumem”, frisa.
Prevenção
Um dos fatores mais importantes para a prevenção é a educação. Sobre o período ideal para se abordar o assunto com os adolescentes, de ambos os sexos, Reginaldo Freitas Jr. afirma que não existe fórmula mágica sobre uma idade adequada para abordar o assunto e esse momento está vinculado ao contexto cultural, social e familiar dos e das adolescentes.
“Para a prevenção ideal da gravidez na adolescência, estratégias de educação deveriam acontecer tão logo haja o desejo do início da atividade sexual. Quando a adolescente toma a decisão de que iniciará a atividade sexual, essa decisão também deveria contemplar o conhecimento de seus direitos sexuais e reprodutivos, entre eles o planejamento familiar, o planejamento de quando engravidar”, destaca.
Para fortalecer a prevenção dos casos de gravidez na adolescência, nove métodos contraceptivos que ajudam no planejamento familiar são ofertados pelo SUS, de forma gratuita, a essa população: anticoncepcional injetável mensal, anticoncepcional injetável trimestral, minipílula, pílula combinada, diafragma, pílula anticoncepcional de emergência (ou pílula do dia seguinte), dispositivo intrauterino (DIU), preservativo feminino e preservativo masculino.
No Instituto Santos Dumont (ISD), os atendimentos em saúde materno infantil incluem pré-natal de alto risco, assistência especializada às gestantes e crianças expostas e/ou com HIV/AIDS, medicina fetal, infectologia na gravidez, assistência à vítimas de violência sexual, psicologia, assistência social e outros. Além disso, mulheres acompanhadas pelo serviço do Instituto recebem orientações de contracepção e planejamento familiar, para decidir se e quando querem engravidar.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (10/2) que o Brasil vive o que chamou de uma “ditadura da caneta”, em referência ao Judiciário. Em tom enigmático, sem detalhar, disse ainda que “nos próximos dias vai acontecer algo que vai nos salvar”. As declarações ocorreram durante conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
“Qual a diferença de uma ditadura feita pelas armas, como a gente vê, por exemplo, em Cuba, Venezuela, em outros países, de uma ditadura que vem pelas canetas. Qual é a diferença? Nenhuma. Vocês sabem o que está acontecendo no Brasil. Eu acredito em Deus, mas nos próximos dias vai acontecer algo que vai nos salvar no Brasil. Tenho certeza disso”, disse o presidente.
O comentário do chefe do Executivo foi feito após um apoiador se oferecer para fazer uma oração para que Bolsonaro se curasse de sua obstrução intestinal, motivo que o levou a ficar internado no hospital no começo do ano. Não houve necessidade de cirurgia.
O Corinthians derrotou o Mirassol por 2 a 1 nesta quinta-feira (10), na Neo Química Arena, em São Paulo, no encerramento da quinta rodada do Campeonato Paulista. O meia Renato Augusto foi o protagonista da vitória alvinegra, participando diretamente dos gols que definiram o placar.
O resultado levou o Timão aos dez pontos, na ponta do Grupo A, cinco pontos à frente da vice-líder Inter de Limeira. O Leão permanece com oito pontos, na segunda posição do Grupo C, dois pontos atrás do Palmeiras, que tem um jogo a menos. Os dois primeiros colocados de cada uma das quatro chaves da primeira fase avançam às quartas de final.
O placar foi construído na etapa inicial. Aos 18 minutos, Renato Augusto tabelou com o meia Giuliano e chutou de fora da área. A bola desviou no zagueiro Lucão e atrapalhou o goleiro Darley, que nada pôde fazer. Aos 23, Pará bateu escanteio pela esquerda e o também lateral Rodrigo Ferreira, de cabeça, deixou tudo igual. Seis minutos depois, Renato Augusto lançou Fagner pela direita. O lateral escorou para dentro da área e o volante Paulinho apareceu para concluir, recolocando o Timão na frente e decretando o fim da invencibilidade do Mirassol.
O Leão volta a campo no domingo (13), às 11h (horário de Brasília), diante da Inter de Limeira, no estádio Major Levy Sobrinho, em Limeira (SP), pela sexta rodada do Paulistão. Com o clássico contra o Palmeiras adiado, em razão de o Verdão estar no Mundial de Clubes, o Corinthians joga somente na próxima quarta-feira (16), às 21h30, novamente em casa, com o São Bernardo, pela sétima rodada do Estadual.