Indeciso. É assim que se encontra hoje o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira de Souza, quando o assunto é assumir ou não a missão de disputar o Governo do Estado contra Fátima Bezerra, como o candidato do bolsonarismo no RN, assumindo altos riscos e deixando para trás uma eleição segura. Ezequiel ainda quer conversar mais com os amigos e aliados e pretende dar o veredito da decisão somente após o carnaval.
No dia em que Ezequiel esteve em Brasília para conversas com os ministros Fábio Faria (Comunicações) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), no início da semana, importantes espaços da imprensa nacional, como o jornal O Globo, na coluna de Lauro Jardim, e o jornal Valor Econômico, deram como certa a candidatura do deputado ao Governo do Estado, no ensejo do anúncio da desistência de Fábio em disputar o Senado. Ainda assim, a sensação dos aliados que abordam o tema com o presidente da Assembleia é a de que ele tem mais incertezas do que certezas, nesse momento.
As informações são de que Ezequiel “está sem saber o que fazer”, apesar de ter recebido inúmeras garantias dos ministros potiguares. “Ele conversa com as pessoas, sente, recebe estímulos. Mas não ultrapassa nem a marca de ir, nem a de não ir”, revelou uma fonte. Fato é que a demora de Ezequiel em se pronunciar sobre o assunto tem provocado um clima de suspense no ar, uma vez que ele poderá tomar uma decisão que pode mudar os rumos da eleição, como já disse o ex-senador Garibaldi Filho, do MDB, partido que tem tudo para seguir o presidente da Assembleia Legislativa para onde ele for.
“Ezequiel é parte do governo”, garante Raimundo Alves
Enquanto isso, no Governo, Raimundo Alves, chefe da Casa Civil e articulador político de Fátima Bezerra, garante que Ezequiel continua sendo parte da gestão Fátima e ele não vê motivos para que esse cenário mude. “Ezequiel tem sido um grande parceiro nosso. Não há por que acreditar que não será. Aliás, que não continuará sendo”.
Raimundo fez questão de ressaltar que “Ezequiel é parte do governo” não apenas por apoiá-lo, mas, principalmente, por participar diretamente da administração petista com a indicação de nomes que compõem o quadro de funcionários do Executivo. “Ele participa da gestão em importantes pastas desde o início”, frisou o secretário, que reforçou: “Nós continuamos entendendo que Ezequiel é parte do Governo. Até comunicado em contrário, ele não é oposição ao governo. Pelo contrário ele é parte”.
Por Daniela Freire – Novo Notícias