O São Paulo decepcionou os pouco mais de 15 mil torcedores que foram ao Morumbi nesta quinta-feira (17). O Tricolor pressionou, desperdiçou várias oportunidades e ficou no zero com a Inter de Limeira, pela sétima rodada do Campeonato Paulista.
O segundo empate no Estadual levou o São Paulo a oito pontos, na segunda posição no Grupo B, três a menos que o líder São Bernardo (que tem um jogo a mais). A Inter foi a sete pontos e ocupa o quarto e último lugar no Grupo A, mas com a mesma pontuação do terceiro (Guarani) e do segundo (Água Santa), ficando atrás por ter uma vitória a menos. Os dois melhores de cada chave avançam às quartas de final.
A pontaria esteve em falta do lado tricolor no primeiro tempo. Foram 14 finalizações, oito delas dentro da área, mas apenas uma delas na meta, uma cabeçada do atacante Nikão, aos 23 minutos, que o goleiro Rafael Pin defendeu sem problemas. A Inter, que pouco se aventurou ao ataque, acertou mais chutes (dois) em direção ao gol dos anfitriões, mas sem dar trabalho ao goleiro Jandrei.
Na etapa final, o São Paulo perdeu outras várias oportunidades. Aos nove minutos, o meia Matheus Galdezani salvou, com o peito, um chute do atacante Jonathan Calleri, na pequena área, que ficou com a sobra de uma cobrança de escanteio. Aos 26 foi a vez de a trave salvar a Inter, após um cruzamento do lateral Reinaldo pela esquerda, que foi direto para o gol. Oito minutos depois Reinaldo bateu escanteio pela esquerda e o atacante Eder desviou no travessão. Aos 43, Eder arriscou da entrada da área pela esquerda, mas parou em grande defesa de Rafael Pin, que garantiu o empate no Morumbi.
O próximo compromisso do São Paulo é o clássico diante do Santos, às 18h30 (horário de Brasília) de domingo (20), na Vila Belmiro, em Santos (SP). No mesmo dia, às 20h30, a Inter recebe a Ferroviária no estádio Major Levy Sobrinho, em Limeira (SP).
O Rio Grande do Norte tem o segundo maior índice de vacinação infantil do País, segundo nota técnica do Observatório Covid-19 da Fiocruz sobre a baixa cobertura vacinal entre crianças de 5 a 11 anos do Brasil, divulgada na tarde desta quinta-feira (17).
A pesquisa levou em consideração a média nacional em todas as Unidades Federativas do Brasil. Constatou-se que o RN é o segundo com melhor cobertura de primeira dose maior e está acima da média nacional (21%). O Estado potiguar tem 32,6%, atrás apenas do Distrito Federal, com 34,6%. Os dados da Fiocruz são da última segunda-feira (14). Hoje, o RN tem cobertura de 39%.
O pior desempenho está no Amapá, com apenas 5,3% de vacinados. Onze capitais estão abaixo da marca do país: Macapá (1,6%), Boa Vista (20,6%), Rio Branco (6,9%), Porto Velho (16%), Teresina (8,4%), João Pessoa (15,8%), Recife (1,9%), Belo Horizonte (18,4%), Campo Grande (1,6%) e Cuiabá (15,7%). Natal está acima da média nacional, com 29,1%.
A Nota Técnica mostra que a cobertura vacinal de primeira dose é diretamente proporcional e maior nos estados onde a expectativa de vida ao nascer e o IDH são também maiores. Ao contrário disso, a cobertura vacinal de primeira dose é menor onde há maior desigualdade de renda, pobreza e internações por condições sensíveis à atenção primária.
O documento apresenta um panorama da vacinação contra Covid-19 entre as crianças, aponta a grande heterogeneidade no nível subnacional e reforça a necessidade de articulação de todas as esferas de gestão para a expansão da cobertura vacinal no país. Em um cenário em que apenas este grupo não está imunizado, ele se torna particularmente vulnerável à infecção e à disseminação do vírus, inclusive entre outros grupos etários.
A campanha de vacinação contra o coronavírus no Rio Grande do Norte imunizou 2,48 milhões de potiguares com duas doses ou com a dose única, até a quinta-feira (17), o que corresponde a 78% da população vacinável (acima de 5 anos de idade). Entre o grupo de 5 a 11 anos, das 335 mil crianças, 132 mil receberam a primeira dose da vacina anticovid (39%). Nenhuma D2 foi aplicada neste grupo específico devido ao intervalo entre as aplicações.
Entre os adolescentes, que formam um grupo de 318 mil pessoas, 62% já foi vacinado com as duas doses e 85% já recebeu pelo menos uma dose do imunizante. Nos maiores de 18 anos, a taxa de adesão à vacinação é 86% com as duas doses e 92% com pelo menos uma dose. As informações foram consultadas na plataforma de monitoramento RN Mais Vacina, gerida pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) e Laboratório de Tecnologia e Inovação em Saúde da Universidade Federal do RN (LAIS/UFRN).
Problemas cardiovasculares são raros em vacinados
O risco de desenvolver problemas vasculares, como coágulos sanguíneos, trombose e AVC, é consideravelmente maior ao ser infectado pela covid-19 do que ao receber doses da vacina contra o coronavírus. É o que afirma o diretor de publicação da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), André Chacon, baseado em um estudo elaborado por cientistas da França e publicado no The British Medical Journal (BMJ). De acordo com Chacon, a incidência de trombose venosa induzida pela vacina é extremamente rara: cerca de 0,89 caso a cada grupo de 100 mil habitantes.
Por outro lado, as chances de desenvolver a mesma doença aumentam 14,7% em decorrência da infecção por covid-19. “O que a gente tem visto é que tem evidências de trombose, mais comum em mulheres jovens, entre 20 e 50 anos, sem comorbidades, que acontecem entre 4 e 28 dias, após a vacina, mas a incidência é muito baixa. Alguém pode falar ‘ah, não vou tomar vacina porque vai dar trombose’, então essa pessoa deveria estar muito mais preocupada com a covid porque o risco da covid causar trombose é muito maior do que a vacina. As vacinas salvam e são seguras”, detalha Chacon.
O representante dos angiologistas e cirurgiões vasculares afirma ainda que nas formas graves da covid, os riscos de trombose podem chegar a 30%, enquanto que nos casos leves, a incidência varia de 3% a 5%. “Esse estudo, que se chama meta-análise, que é um conjunto de vários estudos, com mais de 64 mil pacientes, mostra que a taxa média de risco de trombose venosa foi de 14,7% e de 4% para trombose arterial. As vacinas diminuem o risco de trombose porque hoje é muito fácil você se infectar com a covid e as chances de desenvolver problemas vasculares é muito maior pela covid grave do que pelas vacinas”, complementa.
A trombose arterial ocorre na circulação arterial, que transporta o sangue oxigenado dos pulmões para os tecidos. Já a venosa compromete as veias que transportam o sangue – que já deixou o oxigênio nos tecidos – de volta para os pulmões para um novo ciclo de oxigenação. As doenças vasculares são as que afetam a integridade dos vasos sanguíneos e provocam obstruções na circulação do sangue pelo corpo, sobretudo nos membros superiores e inferiores, pés e cabeça.
A mais comum delas é a insuficiência venosa crônica, popularmente conhecida como varizes. As varizes são responsáveis por dilatar veias, principalmente das pernas, provocando dor e desconforto, além de aumentar o risco do surgimento de outras patologias como a trombose, que pode ser fatal. As doenças vasculares podem se manifestar ainda através de trombose venosa profunda, pé diabético, doença carótida, aneurisma da aorta abdominal e doença arterial obstrutiva periférica, por exemplo.
“O principal é o surgimento de varizes, uma doença venosa crônica que muita gente acha que é só estético, mas é uma doença que tem que ser tratada e avaliada por um angiologista ou cirurgião vascular, e acomete quase 50% das mulheres. Tem uma alta taxa de prevalência e tem que ser tratada para não causar outras doenças”, comenta André Chacon.
O médico explica ainda que os fatores de risco da doença vascular se complementam com os da covid, o que aumenta o risco do paciente ter algum comprometimento vascular em caso de infecção pelo coronavírus. Os principais fatores de risco das doenças vasculares são: colesterol alto, tabagismo, sedentarismo, obesidade, pressão arterial alta, diabetes, doença cardíaca e histórico de doenças vasculares ou derrame na família.
“Aquela paciente que, por exemplo, fuma, é sedentária, obesa, ou que usa anticoncepcional são fatores que se associados à covid, que é outro fator de risco, são fatores que se acumulam para aumentar as chances da paciente ter trombose. Portanto isso evidencia a importância da vacina, as vacinas são seguras e eficazes contra os casos graves e a gente vê que diminuiu muito o número de casos graves em pacientes vacinados, com o esquema vacinal completo”, explica Chacon.
Um artigo publicado na revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz chama a atenção para a relação entre o aumento da formação de coágulos (também chamados de trombos), que podem obstruir a circulação, e o Sars-CoV-2 (vírus da covid). Seus autores, um grupo de dez pesquisadores, propõem que sua classificação seja mudada e que a covid-19 seja a primeira infecção considerada uma febre viral trombótica. Atualmente, o agravo é classificado como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Um outro estudo, desta vez feito por pesquisadores da Universidade de Oxford, concluiu que o risco de ocorrer trombose venosa cerebral em pessoas com covid-19 é consideravelmente maior do que nas que receberam vacinas. A pesquisa “Trombose venosa cerebral: um estudo de coorte retrospectivo de 513.284 casos de Covid-19 confirmados e uma comparação com 489.871 pessoas recebendo vacina de mRNA” reuniu cientistas do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Oxford; Oxford Health NHS Foundation Trust; Departamento Nutfield de Ciências Clínicas da Universidade de Oxford; Oxford University Hospitals NHS Foundation Trust; e TriNetX, de Cambridge.
“Embora a magnitude do risco não possa ser quantificada com certeza, o risco após a Covid-19 é aproximadamente de 8 a 10 vezes o relatado para as vacinas, e cerca de 100 vezes maior em comparação com a taxa da população. O aumento do índice de CVT [trombose venosa cerebral no acrônimo em inglês] com a Covid-19 é notável, sendo muito mais marcante do que os riscos aumentados para outras formas de acidente vascular cerebral e hemorragia cerebral”, diz trecho do estudo.
O número de mortes pela chuva em Petrópolis chegou a 120, segundo a Defesa Civil estadual. Na última terça-feira (15), forte temporal caiu sobre a cidade da região serrana fluminense, provocando deslizamentos e enchentes em vários pontos.
Ontem (18) outro temporal atingiu a cidade, provocando novas enchentes. Ruas do centro histórico precisaram ser interditadas devido a alagamentos. Sirenes tocaram em alguns locais e pessoas tiveram que sair de suas casas em locais como a Quitandinha. Na comunidade 24 de Maio, novo deslizamento foi registrado.
De acordo com a Defesa Civil municipal de Petrópolis, núcleos de chuva de fraca a moderada se deslocam hoje em direção à cidade.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, deve sobrevoar o município na manhã de hoje. Em seguida, deve participar de reunião de trabalho com autoridades locais para definir medidas emergenciais.