Cosmopolita, hospitaleira e deslumbrante, a Praia da Pipa, além de ser um local paradisíaco e internacionalmente cobiçado por suas belezas naturais, agora quer se consolidar como um dos principais destinos gastronômicos do Brasil. É pensando em fortalecer essa imagem que o Sabores da Pipa Festival Gastronômico anuncia a sua segunda edição. Entre os dias 17 e 27 de março, em Pipa, na cidade de Tibau do Sul.
A região congrega alguns dos melhores restaurantes do estado, com sabores do Nordeste e do mundo. “O Sabores da Pipa vem para enaltecer a nossa variedade gastronômica e reconhecer os excelentes chefs dos diversos estabelecimentos. A Praia da Pipa é um verdadeiro reduto da boa gastronomia, temos aqui restaurantes que fariam bonito em qualquer lugar do mundo. Além da variedade e qualidade dos preparos, a ideia é valorizarmos os insumos e ingredientes locais, aplicando nas criações o conceito da gastronomia km0”, explicou Adrianne Ciantelli, idealizadora e uma das produtoras do evento, pela empresa Lá na Casinha.
As inscrições para restaurantes interessados em participar do evento estão abertas até o dia 18 de fevereiro. Ao oficializar a parceria com o evento, os estabelecimentos se comprometem a criar versões exclusivas de entradas, pratos principais, drinks ou sobremesas, que terão valores fixos para cada categoria e girando em torno de 25% a 30% abaixo do tradicional. Além disso, porções de degustação destas criações serão comercializadas a preços populares, em um verdadeiro tour gastronômico pelos espaços que foram batizado de Pontos do Sabor, onde o visitante terá a oportunidade de experimentar várias pequenas porções e escolher a sua favorita.
“Acreditamos na importância de oferecer um cardápio exclusivo durante o evento para que o visitante seja convidado a saborear uma novidade do seu restaurante favorito ou surpreendido por um novo espaço que escolheu conhecer”, resumiu Juçara Figueiredo, responsável pela Juçara Figueiredo Produções, que também assina a produção do Festival. “Na Pipa existem visitantes habitués, que vão todos os finais de semana, pessoas que estão na cidade pela primeira vez e o meio termo disso. A nossa proposta é maravilhar a todos os grupos”, enfatizou.
Oficinas e workshops ministrados por talentos da culinária local também estarão dentro da programação. Sempre apresentando o estilo autoral e saboroso que é a marca da Pipa. Oficinas de marketing digital para bares e restaurantes e fotografia de alimentos, também serão ofertados de forma gratuita a moradores, turistas e profissionais da área.
Outra atração será a Arena Gastronômica Saberes e Sabores, que funcionará aos finais de semana, com barracas de comidinhas, produtores locais e com a Ecofeira da Pipa, em espaço aberto ao público. Uma importante marca do Festival Gastronômico Sabores da Pipa é o movimento KM0, idealizado por Ernesto Lacarino e incorporado pelo Festival. Ele está baseado no conceito de consumir do que é próximo e local, incentivando assim uma gastronomia mais sustentável e consciente. A Arena ainda conta com atrações musicais e manifestações artísticas. Um excelente espaço para a família.
A Prefeitura de Tibau do Sul, cidade onde a praia está localizada, é uma das patrocinadoras do Festival. “O Sabores da Pipa vem para unir o empresariado, prestadores de serviços, colaboradores, agências de turismo, receptivos, enfim, todo o trade turístico em prol da consolidação da região como destino gastronômico”, afirmou o secretário municipal de Turismo, Lavoisyer Macena. O evento já integra o calendário de eventos do município e estado, o próximo passo é entrar na agenda dos turistas de todo o Brasil”, concluiu.
O Festival Gastronômico Sabores da Pipa é realizado pelas produtoras “Lá na Casinha”, da empresária Adrianne Ciantelli, e Juçara Figueiredo Produções. O patrocínio para a realização do evento é oriundo da Prefeitura de Tibau do Sul e Governo do Rio Grande do Norte, por meio da EMPROTUR.
Uma operação deflagrada em conjunto pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e Polícia Militar libertou mãe e filho de “situação de privação de liberdade” na manhã desta terça-feira (8), na zona Norte de Natal. Batizada de “operação Rapunzel”, a ação resgatou uma adolescente de 14 anos e um bebê de 5 meses, filho dela.
De acordo com o MPRN, o companheiro da adolescente, que tem 28 anos, foi o responsável por manter ela e o filho em situação de privação de liberdade. Ele não foi preso, mas vai responder pelo crime e ainda está em curso uma investigação sobre a possibilidade de crimes de estupro de vulnerável e violência doméstica.
A pedido do MPRN, a Justiça aplicou medidas restritivas ao companheiro da adolescente. Ele está proibido de se aproximar ou manter contato, por qualquer meio, com ela e familiares dela.
A operação Rapunzel contou com o apoio da Polícia Militar. Ao todo, participaram da ação dois promotores de Justiça, um servidor do MPRN e ainda 22 policiais militares.
Médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) convocaram uma paralisação nacional para esta terça, 8, e quarta-feira, 9. No último dia 31, quando os profissionais também cruzaram os braços em protesto contra o governo, foram afetadas 25 mil perícias, de acordo com estimativa da Associação Nacional de Médicos Peritos (ANMP). Em dois dias, esse número pode chegar a 50 mil.
Em ofício enviado ao ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, os médicos peritos exigem uma recomposição salarial de 19,99%, relativa às perdas com a inflação de 2019 a 2022, a fixação do número máximo de 12 atendimentos presenciais como meta diária e a realização imediata de concurso público. Segundo a ANMP, a falta de servidores chega a 3 mil.
“Apesar das promessas feitas pelo Ministro de Estado, nenhuma ação foi tomada pela autoridade máxima do órgão e a situação caótica que assolava a categoria não apenas se manteve, como foi profundamente agravada”, diz um trecho da nota da entidade, que faz referência a uma reunião com Lorenzoni em 24 de agosto de 2021. Neste ano, segundo a ANMP, foram enviados três pedidos de audiências com o ministro, que não foram atendidos.
A entidade afirma, ainda, que pode haver a deflagração de uma greve geral dos médicos peritos do INSS no País caso o diálogo com o governo não avance.
De acordo com uma portaria do INSS publicada em setembro de 2021, quem não for atendido devido a paralisações de servidores deve ter o atendimento remarcado até as 12h do dia seguinte ao cancelamento da perícia. O procedimento é exigido para a obtenção do Benefício de Prestação Continuada (BPC), do auxílio-doença, de aposentadorias por incapacidade permanente, entre outros.
Orçamento
A mobilização da categoria ocorre também após o presidente Jair Bolsonaro (PL) vetar, no Orçamento de 2022, quase um terço (R$ 1,005 bilhão) dos gastos discricionários que o ministro Onyx Lorenzoni teria para este ano. Com isso, restaram R$ 2,035 bilhões. Dentro do ministério, o INSS foi a unidade mais afetada, com a perda de R$ 988 milhões que seriam usados na administração, gestão e processamento de dados.
Em 24 de janeiro, a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) alertou que o corte no orçamento do órgão poderia inviabilizar o funcionamento de agências e aumentar a fila de espera para a obtenção de benefícios por parte dos segurados.
Em meio à articulação no Congresso para a derrubada do veto de Bolsonaro, o secretário-executivo da Casa Civil, Jônathas Castro, afirmou em 28 de janeiro que o Executivo faria “todo o esforço” para recompor o orçamento do INSS.
De acordo com Castro, a pasta faz avaliações bimestrais e pode vir a remanejar o orçamento entre os órgãos. “E o nosso esforço vai ser para garantir que tudo aquilo que seja necessário para que o INSS mantenha o seu pleno funcionamento”, declarou.
Foi convocada para esta terça-feira, 8, uma sessão do Congresso que deve analisar vetos de Bolsonaro, mas o Orçamento de 2022 não entrou na pauta.
Começa hoje (8) o pagamento do abono salarial para os trabalhadores da inciativa privada, ano-base 2020. O calendário de pagamentos seguirá o mês de nascimento. Nesta terça-feira, recebem o pagamento os nascidos em janeiro. Os nascidos em dezembro receberão no dia 31 de março.
O abono salarial de até um salário mínimo é pago aos trabalhadores inscritos no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos. Recebe o abono agora quem trabalhou formalmente por pelo menos 30 dias em 2020, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos.
Para servidores públicos, militares e empregados de estatais, inscritos no Pasep, o pagamento tem início a partir do dia 15 de fevereiro e vai até 4 de março, pelo Banco do Brasil.
Os valores de pagamento para cada trabalhador variam de acordo com a quantidade de dias trabalhados durante o ano-base 2020.
Devem receber o benefício cerca de 22 milhões de trabalhadores, com valor total de mais de R$ 20 bilhões, oriundos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
A Caixa informou que o crédito será depositado automaticamente para quem tem conta no banco. Os demais beneficiários receberão os valores por meio da Poupança Social Digital, podendo ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem.
Caso não seja possível a abertura da conta digital, o saque poderá ser realizado com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, Caixa Aqui ou agências, sempre de acordo com o calendário de pagamento.
A Caixa disse ainda que para os beneficiários residentes nos municípios da Bahia e de Minas Gerais em situação de emergência, devido às fortes chuvas, o pagamento será iniciado hoje, independentemente do mês de nascimento.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva praticamente consolidou sua aliança com o ex-governador tucano Geraldo Alckmin, que deve mesmo ser o vice de sua chapa, indicado pelo PSB. A retirada da candidatura do senador Humberto Costa (PT) ao governo de Pernambuco facilitou o acordo entre os dois partidos. Permanece a pendência entre o ex-governador Márcio Franca e o ex-prefeito Fernando Haddad em relação à disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, candidatura postulada também por Guilherme Boulos, do PSol. Entretanto, isso não será mais empecilho para a aliança nacional. O que subiu no telhado foi a federação entre o PT e o PSB por causa das dificuldades regionais, que têm provocado trocas de acusações entre dirigentes dos dois partidos.
A decisão de reservar a vice para Alckmin, que foi o candidato à Presidência pelo PSDB nas eleições passadas, amplia o apoio à candidatura de Lula, principalmente em São Paulo, ensanduichando ainda mais o governador João Doria, o pré-candidato tucano, que não consegue sair dos 2% de intenção de voto nas pesquisas. Além de sinalizar para a elite paulista a disposição de fazer um governo de centro-esquerda, mina as bases municipais de Doria, que sempre se identificaram com Alckmin, desde a época em que era vice do governador Mario Covas.
Agora, Lula se movimenta também em direção ao senador José Serra (SP), outro líder histórico do PSDB. Apesar dos problemas de saúde, que inclusive o obrigaram a se licenciar, cedendo a cadeira no Senado para seu primeiro suplente, José Aníbal, Serra tem revelado a interlocutores que deseja concorrer à reeleição. Um acordo com Serra, outro ex-governador paulista, praticamente garantiria a vitória de Lula em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país.
Apesar de todas essas dificuldades, Doria não pretende jogar a tolha. Faz apostas de alto risco, mas não tem alternativa. O governador venceu duas eleições largando bem atrás, sem apoio da maioria dos parlamentares do PSDB e conquistou tanto a Prefeitura de São Paulo quanto o Palácio dos Bandeirantes com um discurso liberal, focado no desempenho administrativo.
Em ambas as disputas, não aceitou ser refém da política tradicional. Quando disputou a prefeitura paulista, era um coelho que Alckmin tirou da cartola. Na eleição para o governo do estado, porém, se tornou a criatura que se virou contra o criador, cristianizou o padrinho político e se elegeu na aba do chapéu do presidente Jair Bolsonaro, ao qual faz ferrenha oposição agora. O resultado é o ódio dos petistas e dos bolsonaristas.
Doria colecionou desafetos no PSDB paulista, que agora derivam em direção a outras candidaturas. Está ancorado nas relações do vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que deve assumir o comando do Palácio dos Bandeirantes, com os prefeitos paulistas. Oriundo do DEM, a filiação de Garcia ao PSDB descontentou Alckmin e outros caciques tucanos, como Aníbal. O pior dos mundos, para Doria, será a “cristianização” pelos prefeitos, após deixar o governo.
Em nível nacional, Doria também enfrenta dificuldades por causa do afastamento da União Brasil (a fusão do PSL e do DEM) de sua candidatura. A alternativa vem sendo negociar uma federação com o MDB e o Cidadania, o que não é uma tarefa fácil, por vários motivos.
No Cidadania, a federação está no telhado desde a reunião da Executiva do partido, que rachou meio a meio quanto ao acordo com o PSDB. O pré-candidato do Cidadania, senador Alessandro Vieira (SE), não é o principal obstáculo ao acordo, embora sua candidatura até agora esteja mantida pelo partido. O maior problema de Doria é a resistência à federação com o PSDB em 16 estados, dos quais 12 se manifestaram publicamente contra a aliança.
Mesmo assim, o presidente do Cidadania, Roberto Freire, trabalha para selar o acordo, juntamente com o líder da bancada, Alex Manente (SP), que, inclusive, articula o nome da senadora Eliziane Gama (MA) para vice de Doria. As alternativas em discussão no Cidadania são federar com o PDT ou Podemos ou manter a candidatura de Vieira.
Doria sonha com a desistência do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, o candidato do Podemos, que atualmente sofre um ataque especulativo de todos os demais candidatos. O ex-juiz federal de Curitiba é o nome preferido de Doria para concorrer ao Senado por São Paulo, o que seria uma jogada de altíssimo risco, mas retiraria de campo um concorrente que vem atrapalhando seus planos de ser o candidato da terceira via.
Outra ameaça ao projeto de Doria é a movimentação do ex-prefeito paulista Gilberto Kassab, presidente do PSD. Tudo indica que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), está mais empenhado na reeleição para o cargo do que na pré-candidatura à Presidência, que não emplacou nem mesmo em Minas. Em busca de uma alternativa, Kassab conversa com o ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung, cuja filiação ao PSD deve ocorrer no final do mês. Uma eventual candidatura do político capixaba seria mais um problema para o tucano.