Com forte tendência de paralisar suas atividades, os policiais civis do Rio Grande do Norte estarão reunidos em assembleia na manhã da próxima segunda-feira (7). Eles reivindicam a não retirada do Adicional por Tempo de Serviço (ADTS) da categoria, que é alvo de ação do Ministério Público e pode ser extinto, segundo os sindicatos dos policiais. No mesmo dia, professores estaduais também vão se reunir em assembleia, de modo virtual, para deliberar se manterão o indicativo da greve prevista para o dia 14 de fevereiro, em virtude do não cumprimento do piso salarial pelo Governo do Estado. O agendamento das assembleias ocorreu após audiências realizadas entre as categorias e o governo nesta sexta-feira (3) na Governadoria do Estado.
Na reunião de ontem, o Comitê Gestor do Estado recebeu os dados técnicos feitos pela Secretaria de Administração referente à proposta que havia sido protocolada pelas entidades representantes de classe da Polícia Civil. O controlador-geral do Estado, Pedro Lopes, que faz parte do Comitê, se encarregou de apresentar esses dados aos demais secretários, deixando pré-agendada uma reunião entre o secretariado e os representantes das entidades para o final da tarde da segunda-feira para que o governo possa dar uma resposta sobre a proposta.
Contudo, os policias ficaram inseguros. Não há certeza de que essa reunião aconteça na segunda-feira com eles, até porque na terça-feira (8) o governo terá um encontro com o Ministério Público, que moveu ação na Justiça contra o Estado para retirar o ADTS. Os representantes do Sinpol/RN e associações foram convidados a participar dessa reunião. Com a incerteza, a categoria decidiu pela continuidade da assembleia permanente externando a intenção de decidir por uma paralisação. O pleito dos policiais, de acordo com a diretora executiva da Adepol/RN, Taís Aires, não é por reajuste salarial, mas pela não redução de 35% na remuneração.
Educação
Os professores do Estado também estão em negociação com o governo para o cumprimento do piso salarial. Ontem (4) eles se reuniram com o secretário de Educação do Estado, Getúlio Marques, que lhes apresentou uma proposta de implantar um reajuste de 13% em março, mas a diretoria do sindicato considerou a ideia insuficiente, embora signifique o início das negociações. Por isso, está convocada uma assembleia virtual para a próxima segunda-feira (7), quando a categoria vai avaliar o que foi apresentado pelo secretário e deliberar sobre a manutenção do indicativo de greve.
De acordo com a proposta apresentada, o percentual de 13% (1ª parcela) seria implantado em março. Sobre o retroativo e os 20,24% restantes, o Governo afirmou que buscará as condições para aplicar o retroativo para toda categoria e para implantar o reajuste em sua totalidade ao longo do ano.
Porém, o sindicato reclama que não foram apresentadas datas para a quitação e que este pagamento foi condicionado ao aval da justiça, já que 2022 é ano eleitoral. “É desejo da Governadora que o Piso dos professores seja implantado. Então, buscaremos as formas disso acontecer, de acordo com o limite financeiro do Estado”, disse o Secretário de Educação. O impacto dos 33,24% na folha do funcionalismo deve ser de R$ 1.014 bilhões ao ano (R$84 milhões/mês), segundo apresentou o Governo do Estado.
A 9ª CIPM no comando do Major Denilson, realizou na última sexta-feira (04), operação de abordagem a veículos e pessoas no município de Riachuelo. A operação também foi feita nas cidades de Santa Maria e Caiçara do Rio do Vento.
A operação é feita de forma contínua, para da a população maior segurança nessas áreas coibindo ações delituosas de criminosos.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL), concedeu longa entrevista ao jornal Tribuna do Norte, que circulou neste domingo (06). Em uma das perguntas, o pré-candidato ao Senado disse que a chegada das águas do Rio São Francisco ao Estado é um marco só comparável a vinda da energia elétrica.
Confira abaixo o que disse Rogério.
O que significa a entrega desse trecho da transposição das águas do Rio São Francisco para o RN?
É importante colocar que se a gente puder fazer um paralelo, uma analogia, uma comparação, imagine o que ocorreu com o Rio Grande do Norte na década de 60, quando a energia de Paulo Afonso chegou ao nosso Estado. Naquele momento, era um estado onde as indústrias, o comércio, as casas de família mais abastadas, tinham motores a diesel que suportavam uma energia intermitente. A maioria da população vivia com lamparinas, botijões de gás [para ter iluminação à noite]… Essa realidade foi mudada substancialmente com a energia elétrica de Paulo Afonso. Se olhar para trás, as pessoas não têm a compreensão da mudança tão acentuada, porque é até difícil imaginar o que era viver sem energia elétrica. Mas agora é similar. Nós temos mais de uma centena de municípios no Rio Grande do Norte que, apesar de terem a ligação de abastecimento de água, não contam com o fornecimento regular. É um fornecimento intermitente. Vários municípios passam meses sem receber água tratada nas torneiras. Isso é brutal para saúde das pessoas, para o aumento da mortalidade infantil. Dificulta instalar indústrias e comércios, que geram emprego, renda e oportunidade. Também dificulfa para a possibilidade de haver um planejamento de crescimento de perímetros irrigados, em momentos de estiagem, que o nosso estado tem de forma cíclica. Então, a chegada das águas do São Francisco é o início efetivo da nossa emancipação. Somos um estado que tem mais de 90% do seu território no semiárido. Proporcionalmente, o estado nordestino que tem a maior porção do território no semiárido. Começa a mudar essa história com a perenização do Rio Piranhas-Açu, o estabelecimento de reservatórios hídricos com segurança, como serão Oiticica e Armando Ribeiro Gonçalves e, sobretudo, a possibilidade de transformar a realidade daquelas regiões. Não tenho dúvida nenhuma de que é uma mudança de paradigma, de patamar que o Estado passa a ter.
O presidente Jair Bolsonaro visitará, nesta semana, três estados do Nordeste: Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte. Ele vai a empreendimentos do projeto de transposição do Rio São Francisco.
Na quarta-feira, dia 9, o presidente vai visitar as obras da Barragem de Oiticica, no Rio Grande do Norte. A Barragem é a porta de entrada das águas do São Francisco no RN. A estrutura está em fase final de construção e vai garantir o abastecimento de 330 mil pessoas em oito cidades potiguares.
No mesmo dia, também será assinada ordem de serviço para a segunda etapa de obra de pavimentação na cidade de Jucurutu (RN), interligando a sede do município ao distrito de Serra de João do Vale.
– Água no Rio Grande do Norte. – No próximo dia 09/fevereiro lá estarei. – Obrigado meu Nordeste. – Pres Jair Bolsonaro.