Maia diz que Rogério Marinho é “decisivo” para aprovar reformas: “Total confiança”

J. Batista/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, o potiguar Rogério Marinho, tem sido “fundamental” para a aprovação de projetos no Congresso Nacional que, na opinião dele, são “fundamentais para o futuro” do País.

Em publicação no microblog Twitter, Maia citou como resultados da atuação de Rogério as aprovações das reformas trabalhista e previdenciária. Da primeira, o potiguar foi relator quando era deputado federal pelo Rio Grande do Norte. Já da segunda, ele foi um dos idealizadores e esteve, enquanto secretário, entre os principais responsáveis pela articulação junto a deputados e senadores.

“Sem a sua dedicação e talento, não teríamos avançado tanto”, escreveu Maia em um tweet. “Ele continua tendo total confiança da Câmara para a construção da nossa pauta por meio do diálogo. E, principalmente, continuamos contando com ele no ano de 2020. A participação do Rogério Marinho será fundamental para a aprovação de projetos de interesse do governo”, complementou, em outro post.

O comentário de Rodrigo Maia foi em resposta a uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. A matéria, publicada no domingo, 19, aponta que Rogério se “isolou” politicamente após ser um “grande articulador” das reformas aprovadas entre o fim do governo Michel Temer e o início do governo Jair Bolsonaro.

O texto diz que o secretário virou “personagem central de embates dentro do governo” e se transformou em uma espécie de “para-raios de disputas paroquiais deflagradas num Congresso que começa a testar o terreno para a escolha de seus próximos presidentes”. Rogério Marinho, segundo a reportagem, viveria um “inferno astral”.

“As críticas generalizadas à decisão de taxar o seguro-desemprego e, agora, mais recentemente, à crise provocada pelas filas no INSS, órgão vinculado à sua secretaria, alimentaram o desconforto”, escreveu a reportagem do jornal.

O Estadão apontou, ainda, que, por trás do desgaste, estaria a disputa de lideranças partidárias pela vaga de Rodrigo Maia no comando da Câmara dos Deputados, a partir de 2021, e as eleições municipais deste ano. “Um quadro que pode atrapalhar o andamento das reformas, principalmente, a administrativa e a tributária”, descreve.

Rogério Marinho teria também, segundo o jornal, “atropelado colegas” dentro do Ministério da Economia e se “indisposto” com congressistas, principalmente após defender o programa Verde Amarelo, que prevê, entre outras medidas, a desoneração na folha de pagamento para empresas que contratarem jovens. O ponto mais polêmico, contudo, é a criação de uma taxa sobre o seguro-desemprego, que, segundo um estudo da Instituição Fiscal Independente do Senado (IFI), demonstra que o programa tem viés mais “arrecadatório” do que de estímulo ao emprego.

O programa está em vigor desde novembro, por força de uma medida provisória. Para continuar a valer, contudo, o texto precisa ser referendado até março de 2020 no Congresso Nacional, onde a medida enfrenta resistência.

Agora RN

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