O Governo Fátima Bezerra (PT) cortou 100% dos recursos previstos para realização de qualquer tipo de investimento na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN). A informação é do próprio reitor da instituição, Pedro Fernandes, em entrevista ao Jornal de Fato neste domingo (11).
Ao ser questionado qual o tamanho do contingenciamento promovido pela administração estadual e quais áreas atingiu, o reitor respondeu o seguinte: “Nós temos folha de pagamento, nenhum por cento; custeio, que são essas despesas do dia a dia, 33%; em investimentos, 100%. Investimento é a compra de um carro, é uma nova construção, isso na fonte 100, a fonte do Governo do Estado, mas eu trago só um número aqui: nesses seis anos em que lá estamos, apesar de termos aprovado em torno de R$ 50 milhões de orçamento para o investimento, nós só pagamos R$ 2 milhões. Não é que a gente esteja devendo os R$ 48 milhões; é que a gente não comprometeu, como eu disse. Já do Governo Federal, em busca de emendas, de projetos, de convênios, a gente conseguiu, em assinando o convênio da emenda de R$ 20 milhões, que foi a emenda agora de 2018, a gente vai chegar a R$ 60 milhões de recursos captados, mas eu faço questão de dizer o que é essa universidade neste estado, porque ainda existe aquela celeuma de que Estado não tem que ter ensino superior, esse tipo de coisa.”
Pedro Fernandes também confirmou que a UERN tem recebido cerca de R$ 300 mil a menos do que necessita para quitar seus compromissos mensais, e que a redução tem afetado o pagamento de alguns serviços. A instituição deixará de receber pelo menos R$ 3,6 milhões só de custeio este ano. O reitor também confirmou que a empresa terceirizada que garante a segurança dos prédios da universidade está com seu contrato atrasado, mas mantendo o pagamento dos funcionários em dia.
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