Conflito entre Irã e Israel pressiona mercado de combustíveis no RN

Foto: José Cruz

A escalada de tensão entre Irã e Israel reacendeu o alerta sobre os impactos no mercado internacional do petróleo, e já provoca reflexos na cadeia de combustíveis no Rio Grande do Norte. Segundo o presidente do Sindipostos-RN, Maxwell Flor, distribuidoras repassaram aumentos aos revendedores desde o sábado (14), especialmente devido à dependência de importações pela Refinaria Clara Camarão, que opera no estado.

“Com o barril subindo, os preços inevitavelmente começam a pesar. Quando o aumento é pequeno, os postos tentam absorver. Mas quando é maior, não há como segurar”, explicou Maxwell. A cotação do dólar também influencia nos reajustes.

O economista Helder Cavalcanti, do Corecon-RN, avalia que a continuidade do conflito tende a pressionar ainda mais o setor. O Irã, que atualmente preside a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), é responsável por cerca de 12% do petróleo exportado globalmente. A depender da evolução dos ataques, os efeitos poderão ser mais amplos.

Por ora, não há registro de desabastecimento no RN. A distribuição segue pelas bases de Suape (PE), Cabedelo (PB) e pela própria refinaria potiguar.

Mesmo com os primeiros sinais de aumento, uma pesquisa do Procon Natal realizada no dia 11 apontou queda nos preços dos combustíveis na capital. A gasolina comum, por exemplo, teve redução média de 5,35%, sendo vendida a R$ 5,92. O Procon segue monitorando os postos para coibir reajustes sem justificativa.

Denúncias podem ser feitas pelo telefone (84) 3232-6189, e-mail [email protected] ou presencialmente na sede do órgão, na Rua Ulisses Caldas, Cidade Alta.

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