A cidade de Assú, no interior do Rio Grande do Norte, já está em contagem regressiva para a 300ª edição do seu tradicional São João, considerado pela população como “o mais antigo do mundo”. Às vésperas desse marco histórico, a gestão municipal tem apostado em uma edição de 2025 robusta, que alie inovação, valorização da cultura local e escuta popular.
Batizado de “Berço e Coração da Tradição”, o São João deste ano está sendo tratado como um momento estratégico. “A 299ª edição está sendo tratada com todo o cuidado que uma véspera histórica exige”, afirmou o prefeito Lula Soares (Republicanos). Ele destaca que a programação foi construída para manter viva a essência da festa, com foco nas manifestações culturais, na religiosidade e no incentivo aos artistas da terra.
Além dos shows e festejos, a prefeitura realizou investimentos em infraestrutura, segurança e acessibilidade, com o objetivo de garantir conforto tanto para os moradores quanto para os visitantes. A expectativa é que a festa fortaleça o turismo local e impulsione a economia da cidade durante o período junino.
Com os olhos voltados para 2026, a Prefeitura já iniciou o planejamento do tricentenário. A proposta é abrir um amplo processo de escuta com participação da classe artística, da Igreja, da Câmara Municipal e da sociedade civil. “Nada será decidido de forma isolada. O São João de Assú é patrimônio do nosso povo, e é o povo quem deve decidir os rumos dessa celebração tão importante para nossa história e nossa identidade”, disse o prefeito.
Lula Soares também anunciou que pretende buscar o reconhecimento do São João de Assú como patrimônio imaterial nacional. Segundo ele, a ideia é profissionalizar ainda mais o evento, sem abrir mão dos elementos que o tornaram referência no estado. “Precisamos preservar o que nos torna únicos — a religiosidade, as quadrilhas, os artistas locais — mas também atrair investimentos, impulsionar o turismo e gerar renda para a cidade”, afirmou.
A missão, segundo ele, é garantir que uma festa com quase três séculos de história continue pulsando por muitas gerações. “Com a mesma alma, mas com uma estrutura e visibilidade à altura de sua grandeza”, resume.