30 de janeiro de 2025

EXTRA: Câmara de São Paulo do Potengi vota neste momento reajuste salarial para Professores, Agentes de Saúde e Procuradoria

BLOG VANDINHO AMARAL: 9ª SESSÃO ORDINARIA DO SEGUNDO PERÍODO DA CÂMARA  MUNICIPAL DE SÃO PAULO DO POTENGI

A Câmara Municipal de São Paulo do Potengi, por meio de seus vereadores, está neste momento realizando uma sessão extraordinária para a votação de projetos de lei.

Entre as pautas em discussão estão: o reajuste do Piso Salarial do Magistério para Jornada de 40 horas semanais, a atualização do Piso Salarial dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias, além do ajuste Salarial da Procuradoria-Geral do município.

Estamos atentos, breve iremos trazer mais detalhes.

Prefeitura de Parnamirim debate Limpeza Pública com equipes técnicas no Centro Administrativo

A prefeita de Parnamirim, Nilda Cruz, comandou uma importante reunião nesta quarta-feira (29), que buscou entender a real situação em que se encontra a limpeza urbana da cidade, assim como uma grande união de esforços para propor soluções viáveis ao município. Representantes da Funcern, MB Limpeza Urbana, CTR Potiguar, a vice-prefeita, Kátia Pires, e parte do secretariado da Prefeitura participaram do momento e tiveram acesso à gravidade da situação financeira em que o município se encontra, frente às necessidades da população.

A Funcern participou da confecção do edital da licitação de limpeza urbana; a MB é a empresa responsável pela coleta domiciliar e outros serviços contemplados no processo; e o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) Potiguar, na cidade de Vera Cruz, recebe os resíduos sólidos da coleta diária no aterro sanitário.

Semelhante à situação dos contratos da saúde, a atual gestão também encontrou débitos em aberto do ano anterior na área da limpeza urbana. “Um quadro financeiro caótico”, de acordo com a prefeita. O desafio: apesar dos atrasos, a necessidade pelo serviço é diária, urgente e ainda mais crítica em alguns bairros, como Vida Nova, Centro, Parque de Exposições e Cajupiranga, os que mais geram resíduos na cidade.

Durante as apresentações, diversas iniciativas e equipamentos inovadores foram apresentados à gestão, como na cidade de Palmas/TO, onde os resíduos de poda são reaproveitados como adubo para os canteiros centrais, gerando economia e sustentabilidade; a limpeza da faixa de areia da praia com trator tracionado e máquina saneadora que, por exemplo, poderia ajudar no manejo da engorda de Ponta Negra, em Natal, já acontece em Parnamirim; e a implantação de Pontos de Entrega Voluntária de garrafas e latinhas (PEV), iniciativa que já funciona em Recife/PE e Salvador/BA.

“Temos muitas ideias interessantes a implementar em nossa cidade, mas antes precisamos vencer a difícil missão de equilibrar as despesas para garantir a continuidade dos serviços. Uma cidade limpa é saúde, é qualidade de vida, por isso precisamos dar atenção a todos os bairros, principalmente aqueles mais periféricos”, disse Nilda.

A Prefeitura de Parnamirim criou uma comissão, que está responsável pela negociação de contratos em atraso, situação recorrente nos últimos 3 meses de 2024. Para o secretário Fábio Falcão (Selim), algumas ações serão priorizadas já nos próximos dias, como educação ambiental para que a população ajude o poder público a zelar pela cidade e incentivar – também por parte da população – a fiscalização e combate aos pontos impróprios de descarte de lixo.

“Precisamos incentivar ações de coleta seletiva e trabalhar para implantar o mais breve possível os nossos ecopontos. O cidadão terá a opção de entregar seu descarte de acordo com o tipo de material, quando deixará de depositá-lo em pontos de descarte irregulares, ajudando a população e, em consequência, toda a cidade”, disse Falcão.

Parceria agiliza obras do Minha Casa no Rio Grande do Norte

Acordo assinado com Ministério das Cidades também possibilita a execução de obras de mobilidade urbana e saneamento

Uma ação conjunta dos governos federal e estadual, prefeituras municipais e Caixa Econômica Federal foi firmada nesta quarta-feira (29), em Natal, durante visita do ministro das Cidades, Jáder Filho, para agilizar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento no Rio Grande do Norte nas áreas de habitação, saneamento básico e mobilidade urbana, visando a melhoria da vida dos potiguares.

Realizada na Escola de Governo, a solenidade, que integra a primeira rodada de reuniões do programa #BotaPraAndar, contou com a presença dos movimentos sociais, além de prefeitos de municípios como Parnamirim, Caicó, Currais Novos, Macaíba, e de cidades do RN que dispõem de obras contratadas mas que estão com prazos de execução em atraso.

São 10 mil novas moradias para famílias de baixa renda com o Minha Casa Minha Vida, expansão do saneamento com a implantação do Sistema Adutor Costa Branca e o esgotamento sanitário de Apodi, além de grandes obras de infraestrutura, como a conclusão do Pró-Transporte na Zona Norte de Natal.

“Estamos tratando de investimentos fundamentais para melhorar a vida do povo nas áreas de mobilidade, habitação e saneamento. O Minha Casa Minha Vida retornou depois de anos de abandono. De 2017 a 2022 não houve nenhuma produção de novas unidades habitacionais no Rio Grande do Norte. Estamos sendo contemplados com 10 mil novas moradias, das quais 3.200 já contratadas e em construção como está ocorrendo em Parnamirim e em São Gonçalo do Amarante” destacou a governadora Fátima Bezerra.

A governadora ressaltou ainda os investimentos em saneamento ambiental em Natal e no interior, além dos recursos destinados à mobilidade urbana. “Com a sensibilidade do presidente Lula e o trabalho do ministro Jáder Filho conseguimos a terceira etapa do Pro Transporte na Zona Norte de Natal com recursos no valor de R$ 33 milhões, bem como duas estações de tratamento para nossa capital”, ressaltou.

Durante a visita do ministro, o prefeito Lula Soares assinou contrato com a Caixa Econômica Federal para a construção das primeiras 150 unidades habitacionais do empreendimento Parati 2000 na cidade de Assu. No final da tarde, a governadora Fátima Bezerra acompanhou o ministro na solenidade de entrega de mais um residencial do Minha Casa Minha Vida em Mossoró.

BEM ESTAR SOCIAL

O ministro Jáder Filho explicou que o esforço conjunto entre Governo Federal e governos estaduais, através do #BotaPraAndar, caminha no sentido de destravar obras de transformação, de habitação, de saneamento e mobilidade que não estavam liberadas para o uso da população. “Estamos começando essas reuniões aqui pelo RN e já entregaremos 300 unidades habitacionais em Mossoró que vão trazer infraestrutura gerando bem estar social e empregos.”

Em 2025, o Ministério das Cidades anunciou que vai destinar 418 novas unidades habitacionais no Rio Grande do Norte para famílias enquadradas em três modalidades do Minha Casa, Minha Vida: Entidades, Rural e Urbana, esta subsidiada pelo Fundo de Arrendamento Residencial (FAR).

A pasta também informou que 391 municípios de 24 estados foram habilitados para apresentar novos projetos habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida. No Rio Grande do Norte, as cidades beneficiadas são: Angicos (50 unidades), Apodi (50 unidades), Lajes (50 unidades), Monte Alegre (50 unidades), Patu (50 unidades) e Santo Antônio (50 unidades).

Além dos já citados, também participaram da solenidade na Escola de Governo, o vice-governador Walter Alves, o deputado federal Fernando Mineiro, os secretários Gustavo Coêlho (SIN), Virgínia Ferreira (Seplan) e Íris Oliveira (Sethas), os deputados estaduais Divaneide Basílio e Francisco Medeiros; Helder Santana (CEF), o prefeito de Caicó, Dr. Tadeu, de Parnamirim, Nilda Cruz, Assu, Lula Soares, entre outros. Também estiveram presentes Augusto Rabelo, secretário nacional de habitação; Dênis Andia, secretário nacional de mobilidade urbana; a vereadora de Natal, Samanda Alves; o superintendente da CBTU Natal, João Maria Cavalcanti.

Improbidade: dolo em compra de picolés por prefeitura de Macau é alvo de novo julgamento

A 2ª Câmara Cível do TJRN deu provimento aos recursos, movidos por ex-prefeito e ex-secretário de Finanças do Município de Macau contra sentença que julgou procedente o pedido de condenação por ato de improbidade administrativa e, desta forma, em recente decisão, proferida em 21 de janeiro, os desembargadores não consideraram que houve “dolo ou má-fé” na situação fática que foi julgada, inicialmente. Segundo os autos, os apelantes adquiriram 11.720 picolés para distribuição no Dia das Crianças, contratação realizada verbalmente e sem observância dos procedimentos legais de licitação ou de dispensa e justificaram a conduta como despesa “irrelevante”.

A decisão atual, que acatou alegações do recurso e reformou a sentença inicial, ressaltou a própria jurisprudência do TJRN, que aponta a improbidade como categoria de ilícito mais grave que a ilegalidade e que apenas os atos, os quais além de ilegais, se mostrarem fruto da desonestidade ou má-fé do agente público é que caracterizariam tal realidade. Desta forma, o julgamento considerou que as irregularidades implicaram mais em uma imperícia, negligência ou imprudência dos responsáveis, do que propriamente o intuito de fraudar o processo licitatório.

“No presente caso, não restou comprovado dolo ou má-fé dos apelantes, sendo as irregularidades insuficientes para configurar ato ímprobo e a contratação foi efetivamente realizada, o objeto foi entregue, sem demonstração de favorecimento ilícito ou prejuízo ao erário”, reforçou o relator do recurso, desembargador João Rebouças, ao enfatizar que, no caso, constatou-se a ausência de procedimento formal para a aquisição dos bens.

A improbidade administrativa exige a comprovação de dolo, ainda que genérico, ou má-fé, conforme interpretação do artigo 11 da Lei nº 8.429/1992 (atualizada pela Lei nº 14.230/2021) e a jurisprudência consolidada. O dolo não se presume e deve ser demonstrado pela parte demandante.

“Não há prova, pois, de dolo na conduta dos agentes, de modo que não foram configurados atos de improbidade administrativa no presente caso. Assim, se não existe prova do elemento subjetivo ou de má-fé e não existem nos autos elementos que demonstrem o dolo de lesar o patrimônio público, aplica-se retroativamente os efeitos da Lei n. 8.429/1992 com as alterações da Lei n. 14.230/2021”, reforçou o desembargador.