O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, denunciou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por disseminação de desinformação sobre os números da economia brasileira e sobre precatórios, que são decisões judiciais finais contra o governo. Na terça-feira (28), ele protocolou uma representação na Advocacia-Geral da União (AGU) sob a alegação de que o chefe da equipe econômica do governo federal desinforma a população sobre o impacto fiscal deixado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na representação, Rogério Marinho solicita que a AGU investigue e eventualmente adote providências contra Haddad pela disseminação de informações falsas. Para o senador, Haddad tenta culpar o governo Bolsonaro por um suposto impacto de R$ 92 bilhões nas contas públicas, quando, na verdade, seria de R$ 30 bilhões. O senador destaca que o restante do valor se refere aos exercícios de 2023 e 2024, já sob a gestão do governo Lula.
A representação detalha como Haddad tem utilizado essa narrativa para justificar problemas na gestão fiscal do governo do PT, que vem se deteriorando. Rogério Marinho argumenta que, em vez de resolver a crise fiscal, o ministro cria falsas narrativas e desinforma a população. “São inaceitáveis as narrativas distorcidas e manipulação de dados fiscais de um governo que tanto acusa seus críticos de fake news!”, critica o senador nas redes sociais. A representação enfatiza, ainda, que o governo Lula se beneficiou da chamada PEC dos Precatórios, utilizando o espaço fiscal resultante para acomodar R$ 62 bilhões em gastos extras, apesar de críticas à medida.
Essa é a terceira representação do senador à AGU por denúncia de desinformação de integrantes do governo federal. O líder da oposição sustenta que essas ações são uma forma de testar a integridade e imparcialidade da Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia, uma estrutura da Advocacia-Geral da União que tem o dever de defender as instituições. “E que está sendo aparelhada para perseguir adversários políticos”, critica Rogério Marinho.