12 de fevereiro de 2020

Bolsonaro convida general Braga Netto para substituir Onyx, que irá para o Ministério da Cidadania, repercutem agências de notícias

Foto: reprodução / Agência O Globo

 

O presidente Jair Bolsonaro convidou o general Walter Braga Netto, atual Chefe do Estado-Maior do Exército e que comandou a intervenção no Rio de Janeiro em 2018, para o cargo de ministro da Casa Civil. Ele substituirá Onyx Lorenzoni, que deverá ser deslocado para o Ministério da Cidadania, hoje comandado por Osmar Terra. Desta forma, todos os ministros que trabalham dentro do Palácio do Planalto serão de origem militar.

Um importante auxiliar de Bolsonaro definiu o novo escolhido para a Casa Civil como “um homem muito preparado”. Disse ainda que ele vai fazer no governo o que faz no Exército. A troca no governo é a segunda feita em menos de uma semana. Procurado pelo Estado, Braga Netto disse apenas: “Estou com o comandante”. Em seguida, desligou o telefone.

Na quinta-feira passada, Bolsonaro demitiu Gustavo Canuto do Ministério do Desenvolvimento Regional e nomeou Rogério Marinho em seu lugar.

Após o esvaziamento da Casa Civil, o principal impasse para Bolsonaro efetivar a troca no comando da pasta era escolher o nome que substituiria Onyx na função. A ideia, de acordo com duas fontes do governo, era colocar alguém com perfil técnico ou da área militar para evitar que o Palácio do Planalto seja usado para pretensões eleitorais, ideia que aborrece Bolsonaro. Como saída honrosa, Bolsonaro deve transferir Onyx ao Ministério da Cidadania no lugar de Terra.

A possível troca ocorre após o Estado revelar que a pasta da Cidadania contratou uma empresa suspeita de ter sido usada como laranja para desviar R$ 50 milhões dos cofres públicos. O atual titular do ministério precisou se explicar ao presidente sobre a contratação da Business to Technology (B2T), que é alvo da Operação Gaveteiro, da Polícia Federal. O Estado revelou que mesmo alertado sobre suspeitas de fraudes por órgãos de controle e pelas concorrentes no certame, a pasta de Osmar Terra assinou um contrato de R$ 7 milhões com a empresa.

Procurado desde a terça-feira da semana passada, Terra só se manifestou sobre o caso nesta quarta-feira, após ser cobrado por Bolsonaro. Em nota, o ministro afirmou que procurou a PF para investigar a contratação da empresa pelo seu ministério. “Todos os funcionários da linha de decisão e que estão envolvidos na contratação da empresa foram afastados num processo de aperfeiçoamento dos controles”, afirmou na nota. “O Ministério da Cidadania está fazendo um pente-fino em todos os contratos da área.”

Terra participou nesta quarta-feira de almoço ao lado de Bolsonaro no Palácio do Planalto. O presidente recebeu atletas e artistas que estão em Brasília para participar do Fórum Permanente de Mobilização Contra as Drogas.

O encontro com o presidente foi combinado ontem, de improviso, enquanto Bolsonaro deixava o Palácio da Alvorada. Na ocasião, ele falou por videochamada com o humorista Paulo Cesar Rocha, que ficou célebre pelo personagem Paulo Cintura na primeira versão da Escolinha do Professor Raimundo. Antes do almoço, Terra participou de uma agenda com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, na Embaixada de Israel em Brasília.

Quem é Braga Netto? Conheça o currículo do novo chefe da Casa Civil

O general de Exército Walter Souza Braga Netto, então comandante militar do Leste, foi escolhido pelo então presidente Michel Temer em 2018 como chefe da intervenção federal do Rio, uma medida inédita, que lhe concedeu poderes de governador do Estado na área da Segurança Pública.

Braga Netto nasceu em Belo Horizonte e cumpre o “perfil mineiro”. Prefere o trabalho ao verbo. Ao assumir o comando da intervenção, determinou a seus subordinados e pediu aos familiares discrição nas redes sociais.

Braga Netto entrou no Exército em 1974. Em 1994, ainda como major de Cavalaria, apresentou na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme) uma monografia com propostas sobre como aproveitar melhor o pessoal na carreira militar, com foco nos oficiais. Em uma espécie de prognóstico, dizia que “a sociedade, dentro do enfoque da qualidade total, cada vez mais cobrará da instituição a eficácia na consecução de sua destinação fim” e propunha a especialização, por causa das mudanças tecnológicas. “O militar, em particular, deve ser orientado para a função em que apresente um melhor rendimento em prol da instituição. O Exército do ano 2000 necessitará, mais do que nunca, de uma otimização de seus valores humanos”, escreveu.

Estadão

RIACHUELO: Joca Basílio junto ao ex-prefeito Junior Bernardo conseguem garantia de mais um ônibus universitário

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Em reunião com o ex-governador do RN, Robinson Faria, Joca Basílio e o ex-prefeito Junior Bernardo conseguiram a garantia de um ônibus escolar para atender os estudantes universitário de Riachuelo, o transporte é fruto de emenda parlamentar do deputado Fábio Faria e chega ainda esse ano na cidade, com previsão de entrega para o mês de junho.

Ex-prefeito Faustinho visita gabinete da Presidência da Assembleia Legislativa do RN

Nesta quarta-feira (12), o ex-prefeito de Serra Caiada e líder político da cidade, reúne-se com o presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte, Ezequiel Ferreira de Souza (Presidente PSDB), e os deputados Raimundo Fernandes e Dr Bernardo Amorim.

Em pauta, o cenário político do município de Serra Caiada.

Artigo Ney Lopes: “Análise: agonia da classe média”

Ney Lopes – jornalista, ex-deputado federal e advogado – [email protected] – www.blogdoneylopes.com.br

As incertezas dos cenários econômico, político e social (interno e externo) justificam certas reflexões. Imaginava-se que a democracia e o capitalismo somente poderiam capitular, diante de ideologias totalitárias como o nazismo, ou o exército vermelho.

A evolução histórica mostra o contrário.

Os sintomas globais são de que as democracias correm riscos de crises, por ações ou omissões dos próprios governos eleitos.

Os “tempos novos” fazem com que até alguns lúcidos defensores da economia de mercado priorizem o combate a concentração de renda e desfaçam a antiga noção, de que simplesmente o combate à pobreza evitaria as tensões sociais.

Sem “papas na língua”, Armínio Fraga, dono de Banco e ex-comandante do Banco Central, após dizer-se “liberal progressista” e não temer ser chamado de esquerda, declara que “ muita coisa contribui para essa desigualdade que temos no país.

Acho que o Estado tem que ser um Estado que possa fazer certas coisas para essa trajetória de redução das desigualdades se materializar. O Estado não precisa ser mínimo, a desigualdade social está travando a economia”.

É ainda de Armínio Fraga a proposta de “revisão” dos subsídios indevidos, desonerações fiscais, sem prestação de contas, vantagens tributárias não geradoras de emprego em curto prazo e juros subsidiados para “alguns privilegiados”.

Ele fecha o seu raciocínio, afirmando que “essas revisões arrumariam dinheiro para investir no social” e que o “combate à desigualdade ajudaria também no crescimento econômico (BBC News Brasil)

Nos Estados Unidos, o bilionário candidato à presidência Michael Bloomberg, propõe grandes aumentos de impostos sobre empresas e indivíduos abastados. Justifica dizendo que, para combater a desigualdade econômica, são necessárias “novas receitas” e sistema tributário mais justo e progressivo.

Até o símbolo do capitalismo, a búlgara Kristalina Georgieva, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, em recente entrevista ao “The Guardian, afirma que um dos maiores desafios da economia em todo o mundo é a diminuição do fosso crescente de desigualdade entre ricos e pobres.

“Se nos anos anteriores, o FMI recomendava apenas políticas econômicas liberais, a situação do mundo hoje está fazendo com que as orientações mudem” – declarou.

Neste contexto, evidencia-se a “agonia da classe média”.

Para o cientista político David Soskice, diretor do “International Inequality Institute”, da London School of Economics), a principal consequência das crises é o empobrecimento desse segmento social, causando a desesperança social.

Nota-se a queda crescente da renda do serviço público, dos empreendedores pequenos e médios, assalariados em geral, todos transformados em “boi de piranha” dos males sociais e convocados a “pagar o pato sozinhos”.

Cabe esclarecer que não se justifica a “demonização da riqueza”. Em matéria de economia, somente a riqueza gera e distribui riqueza.

Há, entretanto, diferença entre o empreendedorismo verdadeiro, que tem a coragem de enfrentar risco e aquele que acumula riqueza sob a proteção do “guarda-chuva oficial”, aplicando a máxima “lucro privado; prejuízo estatal”.

O “Edelman Trust Barômetro”, instituto de comunicação americana, pesquisou 34 mil pessoas em 28 países sobre o que acham da democracia ocidental e capitalismo, com resultados preocupantes.

A falta de confiança no capitalismo foi maior na Tailândia e na Índia, com 75% e 74%, respectivamente. A França logo atrás, com 69%. Idênticos percentuais em outros estados da Ásia, Europa, Golfo África e América Latina.

Constata-se que as rejeições à democracia e ao capitalismo revelam insatisfação social, concentrada na classe média”. A consequência são os “gilets jaunes” (protestos sociais na França), ou os grupos populares chilenos, cantando e bailando nas ruas a música “El Baile de Los Que Sobran”, da banda “Los Prisioneos”.

Os fatos incontroversos confirmam a necessidade da “divisão de sacrifícios”, ao invés da “mão única”, na hora de implantação das reformas necessárias e inadiáveis.

Nada mais, nada menos, do que usar o “bom senso”, sem o temor do frequente “patrulhamento” de “radicais” e “intolerantes”, da esquerda e da direita.

Certamente, quem não enxergar e pagar “pra ver”, assistirá a explosão social, que não é desejada.

Já Thomas Paine (1737-1809), um dos pais fundadores dos Estados Unidos da América, afirmava: “Sempre se concluirá, que quando os ricos protegem os direitos dos pobres, os pobres protegem a propriedade dos ricos”.

Pré-candidato do PT critica Fábio Faria: “Contribuiu para o RN chegar ao estado que chegou”

José Aldenir / Agora RN

O médico Alexandre Motta, pré-candidato do PT à Prefeitura do Natal nas eleições de 2020, reagiu às recentes declarações do deputado federal Fábio Faria (PSD-RN), que, em entrevista a uma rádio local, disse que apoiará um candidato “anti-PT” no próximo pleito municipal.

Na avaliação de Alexandre, Fábio Faria “vive fora da realidade”. O médico analisa que o deputado federal “contribuiu para o RN chegar ao estado que chegou”. “Eu sabia que ele vivia fora do Estado. Mas agora percebo que quem num passado recente contribuiu para o RN chegar ao estado que chegou vive mesmo é fora da realidade”, escreveu, em sua página no Facebook.

O pré-candidato do PT à Prefeitura do Natal criticou recentes medidas econômicas adotadas em âmbito nacional e ressaltou que elas não nasceram em governos do seu partido. “O PT está fora do governo há quase quatro anos”, destacou Alexandre Motta.

“De lá pra cá entregaram o pré sal, retiraram direitos dos trabalhadores, aumentaram o desemprego, fizeram uma reforma da previdência que prejudica os mais pobres, fizeram uma emenda de teto de gastos que retira dinheiro da saúde, da educação e da segurança, estão acabando com as universidades e a pesquisa científica, tudo com o apoio e o voto do deputado Fábio Faria”, declarou.

Esta semana, em entrevista a uma rádio de Natal, Fábio Faria disse que pretende apoiar um nome “anti-PT” na disputa pela Prefeitura do Natal nas eleições de 2020.

O parlamentar reafirmou que faz oposição à governadora Fátima Bezerra e que está em um campo “antagônico” ao do partido dela, o PT.

“O campo político que eu vou apoiar em Natal é uma candidatura anti-PT, uma candidatura que seja contra o partido ao qual eu faço oposição”, disse.

O deputado federal, que cumpre o quarto mandato na Câmara dos Deputados, disse que vai buscar unir a oposição em torno de um projeto “anti-PT”.

Ele frisou que prega ideias “totalmente antagônicas” às do partido de Fátima, como reformas estruturantes e privatizações. “A gente vai ter que ter um debate de ideias (em 2020)”, frisou.

Fábio Faria não citou nomes que o agradam para a disputa, mas não descartou apoio ao atual prefeito, Álvaro Dias (MDB), que sinaliza com uma pré-candidatura à reeleição. “Se o prefeito de Natal, que eu até acho que tem feito uma boa gestão, for para um campo político contra a governadora…”, esboçou.

Nos últimos meses, Fábio tem feito críticas à governadora e ao PT. Pelas redes sociais, o deputado afirma que Fátima Bezerra tem sido incoerente ao defender pautas como a reforma da Previdência e o teto de gastos públicos, tendo sido contra essas propostas no âmbito federal enquanto era senadora.

Hoje adversários políticos, Fábio Faria e Fátima foram aliados até 2016. O rompimento aconteceu após o deputado votar a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff.

Agora RN