O deputado estadual Hermano Morais, ainda filiado ao MDB, aguarda apenas um aval da direção do partido para oficializar a sua saída. Possível candidato à Prefeitura do Natal, o parlamentar pretende se filiar a outra legenda, já que o MDB deve lançar o atual prefeito, Álvaro Dias, à reeleição – caso este também permaneça na sigla. Hermano precisa de autorização para mudar de partido, ou corre o risco de perder o mandato na Assembleia Legislativa.
Hermano diz que enviou o pedido desfiliação ao presidente estadual da sigla, ex-senador Garibaldi Alves Filho, há três meses, mas que, até agora, não recebeu sinalização positiva.
“Estou envolvido em um imbróglio de divergência interna no partido. Estou sendo estimulado para a disputa para a Prefeitura do Natal, mas o meu partido já tem um candidato, que é o atual prefeito Álvaro Dias. É legítimo que ele queira se candidatar novamente”, explicou Hermano, em entrevista para o programa Manhã Agora, da rádio Agora FM (97,9 FM).
O deputado estadual não quis revelar qual caminho irá seguir após deixar o MDB. Até porque, além do aval do partido, a desfiliação depende de autorização também da Justiça Eleitoral. “Espero que, assim que sair a desfiliação, eu possa a avaliar minha candidatura, mas ainda é muito cedo para isso. Falta um ano e meio para a disputa. Mas é um sonho poder governar a cidade em que eu nasci e que eu tanto amo”, revela.
Ainda durante a entrevista, Hermano falou sobre a avaliação dele do governo Fátima Bezerra no Estado. “O governo está numa situação regular. Há uma preocupação de acertar, mas é preciso mais atenção em algumas áreas, como a saúde. Há dificuldade de recursos para a manutenção desta área. A educação também precisa avançar, pois temos índices negativos que precisam de mudança. São apenas seis meses, mas é preciso fazer mais para conter o déficit financeiro. É preciso equilíbrio fiscal”, relata o deputado.
O deputado também comentou os resultados obtidos pela área de segurança nos últimos seis meses. Dados do governo estadual apontam para a redução de 30% no número de mortes violentas em 2019. “Apesar da redução das mortes violentas, não podemos dizer que reina a paz no Rio Grande do Norte. É preciso evoluir mais no combate de violência”, argumenta.
Agora RN