O ex-PM Orlando Oliveira de Araújo foi transferido na manhã desta terça-feira (19) para o presídio Federal de Mossoró, de segurança máxima, conforme determinação judicial. Orlando, que seria chefe de uma milícia na Zona Oeste, foi apontado por um delator como suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco.
Ele estava preso desde outubro do ano passado na Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino (Bangu I), na Zona Oeste do Rio. O advogado do ex-PM entrou com um pedido de habeas corpus para que ele responda pelos crimes em liberdade. O julgamento do habeas corpus está marcado para a tarde desta terça-feira.
Orlando foi preso pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Ele é acusado de mandar matar, em 2015, o presidente da escola de samba União do Parque Curicica, Wagner Raphael de Souza, conhecido como Dádi. Ao todo, 12 tiros atingiram o carro da vítima.
A testemunha do caso Marielle teria contado à Polícia Federal que o vereador Marcelo Siciliano e o ex-PM Orlando Araújo queriam a morte da vereadora Marielle Franco. A motivação do crime, de acordo com o depoimento do delator, foi o avanço de ações comunitárias de Marielle em áreas de interesse da milícia na Zona Oeste.
A Secretaria Estadual de Segurança (Seseg) solicitou à Justiça a transferência de Orlando para um presídio federal de segurança máxima, 11 dias após a morte da vereadora.
O ex-policial também responde a processo por organização criminosa e mais uma acusação por porte ilegal de arma. Uma pistola foi encontrada na casa dele no dia da prisão. A polícia acredita que mesmo de dentro da cadeia, Orlando comanda uma das principais milícias da Zona Oeste.
A testemunha teria contado à PF que o vereador e o ex-PM Orlando Araújo queriam a morte da vereadora Marielle Franco.
G1