O “novo ensino médio” começa no Brasil.
Uma reforma muito controvertida.
Nessa nova proposta, apenas se mostram obrigatórias como componentes curriculares, a língua portuguesa e a matemática, durante os três anos do ensino médio.
Para a língua inglesa, apesar de compor a estrutura curricular, não foi estabelecida nenhuma carga horária específica.
Os conteúdos de geografia, história, sociologia, filosofia, biologia, física, química ainda não definidos, e a obrigatoriedade desses componentes curriculares está incerta.
Ou seja, eles devem ser trabalhados, mas seu caráter disciplinar não está garantido.
A flexibilização de conteúdos não ocorrerá.
Simplesmente antecipa-se a idade de escolha do aluno para definir qual a área do conhecimento em que ele se especializará.
Justamente por isso, a maturidade do aluno para realizar essa escolha também é um dos pontos questionados pelos educadores.
Em outros países a flexibilização é definida pelo aluno, ele é quem define quais disciplinas farão parte do seu currículo.
Ele pode cursar disciplinas de áreas distintas.
No Brasil isso não foi proposto
O aluno cursará o que for disponibilizado na sua localidade, ou terá que ir morar em alguma outra região do estado que contemple o itinerário formativo de sua escolha.
Outro ponto analisado é que o sistema de ensino privado utilizará as alterações da reforma para promover cada vez mais sua diferenciação entre seus concorrentes e incrementar a concorrência para alcançar maior número de alunos matriculados.
Regra geral é provável que sejam ofertadas mais disciplinas do que se já oferece, com o único intuito de atração maior de alunos.
Um debate sem fim, esse da educação pública e privada, num país com tantas desigualdades sócio econômicas como Brasil.
O grande risco é a educação transformar-se em mero item do mercado, sujeito às leis da oferta e da procura.
Isso ocorrendo seria o caos.